Enquanto o ex-presidente Lula teve de se submeter à condução coercitiva,
em março de 2017, o pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin
foi beneficiado em depoimento sigiloso e por escrito, segundo
reportagem de Thais Bilenky e Reynaldo Turollo Jr, da Folha de S.Paulo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou
essa decisão antes do caso ser encaminhado à Justiça Eleitoral.
E mais: o pedido de investigação foi aceito pela ministra Nancy Andrighi
no mês de novembro de 2017, mas segue em sigilo. De acordo com a Folha, Adhemar
Cesar Ribeiro, cunhado do ex-governador de São Paulo, além do secretário
estadual Marcos Monteiro, acusados de operar R$ 10,7 milhões em caixa dois nas
campanhas de Alckmin em 2010 e 2014, também foram convocados a depor.
Ao passar o inquérito para o âmbito eleitoral, Alckmin conseguiu escapar
da Lava Jato, fato bastante festejado por aliados tucanos. O caso acabou
andando rápido depois que Alckmin renunciou ao cargo de governador para ser
pré-candidato à presidência.
Ainda segundo a reportagem, ele deixou o posto na sexta-feira (06/04),
perdeu o foro especial. Após dois dias, a Lava Jato solicitou acesso às
investigações. Já na quarta (11/04), o STJ decidiu que encaminharia o inquérito
à Justiça Eleitoral. Essa complacência da Justiça com políticos tucanos, só
reforça a tese do senso comum de que a justiça é seletiva e não para todos!.
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