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terça-feira, 24 de abril de 2018

Dona de empresa de Curitiba que deu notas fiscais de reforma falsa no triplex é filiada ao PSDB

As notas fiscais emitidas por empresas, algumas de Curitiba, para justificar a reforma inexistente no apartamento tríplex, no Guarujá, litoral paulista, e servir de base para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontam para uma fraude processual. Nenhum dos produtos ou serviços cobrados, segundo a Justiça Federal, foi efetivamente entregue.

As notas fiscais foram emitidas pela empresas Tallento Construtora, GMV Latino America Elevadores, TNG Elevadores e Kitchens Cozinhas e Decorações. As duas primeiras têm sede na capital paranaense. Sequer os elevadores, a cozinha planejada ou as obras de alvenaria foram entregues, conforme constatou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao ocupar o imóvel, na semana passada.

A dona da Tallento Construtora é Maria Clara Baumgart Gonçalves. Ela é filiada ao PSDB de Realeza-PR desde 1991. A parte estranha do negócio é que a OAS, sediada em São Paulo, tenha contratado empresas justo de Curitiba, onde situam-se os procuradores e o juiz da Lava Jato, para reformar um apartamento, anos atrás.

Mais estranho é notar que a reforma nunca ocorreu. Pior ainda é o fato de o juiz Sergio Moro ter negado cinco vezes que a defesa fosse ao apartamento para fazer uma perícia. Moro ainda manteve as "provas" usadas no processo em sigilo, ou seja, a defesa de Lula sequer sabia do que se tratava.

O quebra-cabeças da prisão política de Lula começa a ser montado

quarta-feira, 18 de abril de 2018

SINDMOTORISTAS evita demissões no sistema de transportes de São Paulo


Negociação entre o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS – SP), na tarde de terça-feira (17/04), com o novo secretário municipal de Mobilidade e Transporte, João Octaviano Machado Neto, resultou na manutenção de 4 mil empregos, que estavam ameaçados com a licitação das lindas de ônibus urbano da capital.

Segundo o Secretário, o texto do edital de licitação do transporte público será adequado e deverá ser publicado em breve. Afirmou que a Secretaria está de “portas abertas” para a categoria e seus representantes, colocou-se à disposição para ajudar no que estiver ao seu alcance para o sucesso das negociações da Campanha Salarial – 2018 com os patrões.

Valdevan Noventa presidente do SINDMOTORISTAS avaliou que a decisão do Poder Público foi acertada, neste momento difícil da conjuntura nacional, com a economia estagnada e mais de 13 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Satisfeito com os novos rumos da licitação, disse que o Sindicato continuará atento, acompanhará de perto para que as alterações no edital se confirmem.

“Em várias ocasiões, manifestamos publicamente nosso repúdio à proposta de retirar em torno de mil ônibus de circulação, sem levar em conta os danos sociais irreparáveis na nossa categoria. Virar as costas para o problema do desemprego é desumano, é ignorar o lado mais cruel desta crise”, afirmou Valdevan.

Relatou para o secretário João Octaviano sobre as negociações com o setor patronal. Disse que a primeira proposta econômica do Sindicato dos empresários (SPURBANUSS) foi “decepcionante” e, “rejeitada” em assembleia dos trabalhadores (as).

“Não abrimos mão da valorização dos nossos direitos. Deixamos claro para os empresários que sem reajuste salarial digno, PLR, salário diferenciado para os motoristas de trólebus, articulados e biarticulados, e outras melhorias será difícil chegar um acordo pela via do diálogo. É importante que o setor patronal reveja sua posição, só com uma mudança de postura e reconhecimento de que as reivindicações dos condutores são justas, as partes poderão chegar a um entendimento”, afirmou Noventa.

Participaram do encontro os diretores do sindicato Narcizo Osório, Francisco Xavier da Silva, Valdemir Santos Soares e Cristiano de Almeida Porangaba, o advogado Dr. Jucelino Medeiros e o assessor da Presidência, Romualdo Santos.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Vox Populi: Lula ficou mais forte após prisão


Pesquisa do Instituto Vox Populi, realizada entre os dias 11 e 15 de abril, mostra que o ex-presidente Lula, mesmo depois de ter sido preso, mantém a liderança e até ampliou sua vantagem sobre os demais candidatos às eleições de outubro. 

Segundo a pesquisa, 41% dos brasileiros consideram que Lula foi condenado sem provas, 44% consideram que a prisão de Lula foi injusta e 58% acham que ele tem o direito de ser candidato novamente à presidência da República, mesmo depois da prisão.

Na pergunta espontânea sobre intenção de votos para presidente da República, Lula marcou 39% (eram 38% na pesquisa Vox de dezembro de 2016). Nos cenários comparáveis de segundo turno, Lula marca 56% x 12% contra Geraldo Alckmin do PSDB (eram 50% x 14% em dezembro), 54% x 16% contra Marina Silva, da Rede, (eram 52% x 21%) e 54% x 20% contra Joaquim Barbosa, do PSB (eram 52% x 21%).

Segundo o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, a pesquisa mostra que aumentou o sentimento de que o ex-presidente é vítima de uma injustiça e de que recebe um tratamento desigual por parte do Judiciário". 

A pesquisa constata o aumento da simpatia ao PT e a diminuição da rejeição a Lula. "A prisão de Lula, da forma como ocorreu, parece ter afetado a visão do cidadão comum, de forma a torná-la mais favorável ao ex-presidente", avalia Coimbra.

Fonte: Brasil247

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Tucanos: vão matar um cadáver - Senador Aécio Neves


Os golpistas, o quadrilhão que tomou de assalto o poder, como sempre tomaram de assalto os cofres públicos, precisam dar uma satisfação ao mundo indignado com a prisão de Lula. Não o farão por honra, pudor, vergonha, decência... Porque substantivos abstratos, só perceptíveis nos que têm caráter, corpo estranho na cúpula política brasileira, na administração do Estado, nos três poderes.

Farão por medo das retaliações que no exterior se anunciam; farão porque o que alardearam êxitos econômicos foi vôo de galinha, curto e baixo, já acabou; farão porque se tornaram personas non gratas na comunidade internacional; farão como forma de banho, para tentar se livrar da lama a que se impuseram, como se banhos lavassem almas enlameadas.

Do lavador de carros no Turquistão ao Papa; do surfista na Austrália ao Putin; das prostitutas às freiras, todo o planeta tem idéia única, consensual: bandidos derrubaram uma presidente legitimamente eleita, sob falsas argumentações, estão desmontando o Estado brasileiro e mantendo um ex-presidente refém, encarcerado sem culpa formada.

Como as notícias no exterior não passam por um filtro chamado mídia brasileira, venal, mercenária, de classe, tão corrupta quanto a corrupção que finge denunciar, lá se sabe de toda a verdade, e oscilam entre a indignação e o vômito.

Para piorar, hoje mais um norte americano, desta vez um conceituado historiador, denunciou que os Estados Unidos estão por trás do golpe e da perseguição a Lula.  Diante disto, depois das centenas de citações de tucanos, esta ave de rapina na política brasileira, em todas as modalidades de falcatruas, decidiram que têm que por máscara na pouca vergonha e prender pelo menos um tucano, para aparentar democracia e justificar Lula preso.

Escolheram o mais queimado no partido, porque ambicioso, falastrão, irresponsável; o mais queimado com a opinião pública, porque notório ladrão, envolvido com helicóptero recheado de cocaína, ele mesmo consumidor; e queimado com a oposição, já que riquinho mimado desde o berço, não se conformou com a derrota eleitoral, conspirando no momento mesmo em que saiu o resultado das urnas.

Hoje Aecinho teve um piripaque e foi atendido no hospital, mostrando a própria pequenez, por oposição ao gigantismo de Lula, suportando tudo estoicamente, como é de se esperar dos não miúdos vermes. Os tucanos decidiram sacrificar um tucano morto, um cadáver, na esperança de se cobrirem com o manto da legalidade e da decência, como se mortos pudessem morrer pela segunda vez.

Aécio vai ter o fim que merece, sempre mereceu: de quase presidente da república a preso com muitas culpas formadas, depois de correr da reeleição para senador, porque sabe que perderia para Dilma, para governador, porque sabe que perderia para qualquer um, pretendendo ficar deputado federal, para manter o foro privilegiado, mas seus comparsas decidiram que não.

Não é necessário ser um investigador, um jornalista especializado ou lá o que quer que seja para sabermos que muitos desses cadáveres que amanhecem nos terrenos baldios das grandes cidades não foram fabricados por policiais, milicianos ou bandidos de facções rivais, mas por comparsas, ex-amigos do defunto, que se tornou incômodo para a organização, seja por traição, leviandade ou ambição, o que podemos perceber no PCC, no CV e no PSDB.

Pelo: Professor Francisco Costa

Enquanto Lula foi conduzido coercitivamente, Alckmin prestou depoimento em sigilo


Enquanto o ex-presidente Lula teve de se submeter à condução coercitiva, em março de 2017, o pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin foi beneficiado em depoimento sigiloso e por escrito, segundo reportagem de Thais Bilenky e Reynaldo Turollo Jr, da Folha de S.Paulo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou essa decisão antes do caso ser encaminhado à Justiça Eleitoral.

E mais: o pedido de investigação foi aceito pela ministra Nancy Andrighi no mês de novembro de 2017, mas segue em sigilo. De acordo com a Folha, Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado do ex-governador de São Paulo, além do secretário estadual Marcos Monteiro, acusados de operar R$ 10,7 milhões em caixa dois nas campanhas de Alckmin em 2010 e 2014, também foram convocados a depor.

Ao passar o inquérito para o âmbito eleitoral, Alckmin conseguiu escapar da Lava Jato, fato bastante festejado por aliados tucanos. O caso acabou andando rápido depois que Alckmin renunciou ao cargo de governador para ser pré-candidato à presidência.

Ainda segundo a reportagem, ele deixou o posto na sexta-feira (06/04), perdeu o foro especial. Após dois dias, a Lava Jato solicitou acesso às investigações. Já na quarta (11/04), o STJ decidiu que encaminharia o inquérito à Justiça Eleitoral. Essa complacência da Justiça com políticos tucanos, só reforça a tese do senso comum de que a justiça é seletiva e não para todos!.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Santo da Odebrecht é blindado e fica fora da lava jato


A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou nesta quarta-feira (11/04) que o inquérito que investiga o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) seja enviado à Justiça Eleitoral do Estado. 

A decisão foi tomada após pedido da Procuradoria Geral da República, que num gesto de blindagem do tucano, pediu que o caso não fosse parar na Lava Jato em São Paulo, conforme pediram os procuradores da operação.

O inquérito corria no STJ por conta do foro privilegiado de Alckmin quando estava no cargo de governador. Desde que ele deixou o cargo, na última sexta-feira 6, o tucano perdeu a prerrogativa de foro, o que levou a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo pedir ao STJ "urgência" no envio de seu inquérito para a primeira instância.

Alckmin é investigado porque ex-executivos da Odebrecht delataram à Lava Jato que a empreiteira fez repasses de dinheiro para campanhas do tucano ao governo paulista e que os valores não foram declarados oficialmente na prestação de contas eleitorais. O cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro, recebeu parte desse montante em dinheiro, de acordo com os delatores.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Patrões reabrem negociações, SINDMOTORISTAS – SP suspende Manifestações e Assembleia Geral


Em virtude do setor patronal e Poder Público sinalizar interesse em rever propostas das cláusulas econômicas da Campanha Salarial – 2018, a diretoria do SINDMOTORISTAS decide suspender, até a próxima semana, as atividades previstas para acontecer nos dias (11 e 12/04) para retomar o processo de negociação coletiva.

De acordo com o presidente do SINDMOTORISTAS Valdevan Noventa, com a renúncia do prefeito João Dória, a posse do Vice Bruno Covas, substituição do Secretário Municipal de Transportes e Mobilidade, a solicitação do prazo para análise das reivindicações da categoria, só foi aceito, porque a meta é evitar que um eventual impasse nas negociações seja mediado pela Justiça do Trabalho.

“Nossa forte atuação e mobilização, já garantiu a manutenção de todas as Cláusulas Sociais da atual Convenção Coletiva de Trabalho. Ou seja, a proposta de combate à nova Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) foi alcançada com sucesso. Nossa Data-Base é 1º de Maio, até lá, caso os patrões não apresente uma proposta decente teremos tempo para retomar nossa luta”, disse o presidente.

Noventa avisou para os recém-empossados da grande disposição dos trabalhadores (as), se for preciso, fazer grandes manifestações que garanta melhores condições de salário; saúde e segurança; PLR; garantia de empregos com a licitação das linhas; salário diferenciado para os motoristas de trólebus, articulados e biarticulados, dentre outras demandas.

“Agradeço a compreensão, o apoio e a confiança que tenho recebido nas garagens. Sabemos de nossa responsabilidade e jamais cometeremos aventuras que nos prejudiquem. Temos um time de primeira na Comissão de Negociação que tem nos orientado e ajudado em nossas decisões. Sigam as orientações do Sindicato e não acreditem nas mentiras dos que apostam em nossa derrota”, reforça Valdevan.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Quem gerou desordem?: Não podemos simplificar os acontecimentos desta forma.

[Quem gerou desordem?] - Em fevereiro de 2016, o STF mudou sua jurisprudência no auge da espetacularização da Lava Jato, permitindo o cumprimento da condenação julgada em segunda instância. À época, Rosa Weber votou contra a mudança da jurisprudência.

Na última quarta-feira, 4 de abril, alguns ministros do STF disseram que respeitar a mudança aprovada em 2016 seria uma forma de reduzir o tempo do julgamento e, portanto, manter a corte brasileira alinhada às cortes internacionais (concordo), atenuando, com isso, as críticas que o país tem recebido, por exemplo, da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH). 

Esses ministros, no entanto, esqueceram de citar a realidade dos 40% de presos que sequer tiveram um julgamento. Essa realidade faz o sistema prisional brasileiro ser considerado um dos piores do mundo e um dos principais alvos da Corte IDH. 


Se o assunto é a morosidade da justiça, a morosidade em dar um julgamento a 40% dos presos é, sem dúvida, uma das maiores violações dos direitos humanos.  Logo, não se pode dizer que o STF estava preocupado com esse tema - era apenas mais um apelo midiático.


Na mesma quarta-feira, 4 de abril, a ministra Rosa Weber, com voz trêmula e uma insegurança descomunal, comparável apenas a de uma colegial lendo em público pela primeira vez, tentou recorrer a um tom mais equilibrado do que o adotado pelos seus colegas. 


Weber citou referências do Direito alemão, mas na sequência resolveu contratar um trator para passar por cima de tudo o que acabara de ler, além, claro, do que pensava em fevereiro de 2016.  O trator foi fundamental para que ela passasse por cima de tudo, inclusive dela mesma, e votasse contra o HC de Lula.


Na véspera desse espetáculo midiático, uns generais [não vale adjetivação, o substantivo já basta] mandaram uns recadinhos. Um deles até recorreu à metáfora medieval da espada e do cavalo e foi a público bater boca com jornalista. Isso me parece longe do princípio positivista de ordem.


Enquanto isso, alguns veículos de comunicação davam voz a comentaristas, especialistas, articulistas e editorialistas que mais contribuíam para a formação de um Fla-Flu do que para a formação de uma opinião pública lúcida - o verdadeiro sentido dos textos analíticos e opinativos [no sentido que a literatura nos ensinou].


Agora, leio e ouço alguns jornalistas dizerem que o discurso do Lula foi irresponsável, instigou o conflito e dividiu o país. 


Vejam, é sobre isso que tenho escrito aqui. Não podemos simplificar os acontecimentos desta forma. 
Condeno discursos coléricos e revanchistas, mas não dá para apontar o dedo em riste na direção do Lula e dizer que o discurso dele "incitou a desordem". 


Pedir a ordem [morro de medo desse princípio positivista] no meio de um caos construído por diversos sujeitos e setores sociais é, sem dúvida, uma alucinação ou tentativa de se isentar de responsabilidades. 


Enquanto escrevo esta postagem, ouço umas buzinas de comemoração do lado de fora. E isso diz muito sobre nós jornalistas, sobre a "nossa" frágil tentativa de dizer que fazemos um jornalismo responsável e neutro [lenda da "loira do banheiro"].


Temo, de verdade, que muitos alunos de jornalismo e muitos jornalistas profissionais não tenham estudado ou sequer lido um único livro sobre como se dá a formação da opinião pública. Infelizmente, o problema da leitura acomete uma parte dos jornalistas brasileiros, como fica evidente nessas tentativas de simplificar a leitura do mundo.


Por: Cilene Victor, Professora Universitária.

Frei Betto: dez conselhos para os militantes de esquerda

1. Mantenha viva a indignação. 
Verifique periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobbio: a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda a encara como uma aberração a ser erradicada. 

Cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus social-democrata, cujos principais sintomas são usar métodos de direita para obter conquistas de esquerda e, em caso de conflito, desagradar aos pequenos para não ficar mal com os grandes. 

2. A cabeça pensa onde os pés pisam. 
Não dá para ser de esquerda sem "sujar" os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. Teoria sem prática é fazer o jogo da direita. 

3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo. 
O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana. 

O capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, somos 6 bilhões de habitantes. Segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão, com menos de US$ 1 por dia. A globalização da miséria só não é maior graças ao socialismo chinês que, malgrado seus erros, assegura alimentação, saúde e educação a 1,2 bilhão de pessoas. 

4. Seja crítico sem perder a autocrítica.
Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos do poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros (as) de erros e vacilações. Como diz Jesus, vêem o cisco do olho do outro, mas não o camelo no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema.

Autocrítica não é só admitir os próprios erros. É admitir ser criticado pelos (as) companheiros (as). 

5. Saiba a diferença entre militante e "militonto". 
"Militonto" é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais. 

O militante aprofunda seus vínculos com o povo, estuda, reflete, medita; qualifica-se numa determinada forma e área de atuação ou atividade, valoriza os vínculos orgânicos e os projetos comunitários. 

6. Seja rigoroso na ética da militância.
A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo: a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita. 

Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal. 

O verdadeiro militante, como Jesus, Gandhi, Che Guevara, é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida. Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa. 

7. Alimente-se na tradição da esquerda.
É preciso oração para cultivar a fé, carinho para nutrir o amor do casal, "voltar às fontes" para manter acesa a mística da militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto) biografias, como o "Diário do Che na Bolívia", e romances como "A Mãe", de Gorki, ou "As Vinhas de Ira", de Steinbeck. 

8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles. 
Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. Depois, descobre-se que entre eles há os mesmos vícios encontrados nas demais classes sociais. Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pessoas privadas injusta e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça. 

Um militante de esquerda jamais negocia os direitos dos pobres e sabe aprender com eles. 

9. Defenda sempre o oprimido, ainda que, aparentemente, ele não tenha razão.
São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada.

Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria. 

A vida é o dom maior de Deus. A existência da pobreza clama aos céus. Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres. 

10. Faça da oração um antídoto contra a alienação.
Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes, deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta.

Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar, assim como Jesus amava, libertadoramente. 

Frei Betto é escritor, autor do romance "Entre todos los hombres" (Editorial Caminos, La Habana), entre outros livros.

sábado, 7 de abril de 2018

Julgamento de Lula no STF é o caso Dred Scott brasileiro

Um dos grandes constitucionalistas brasileiros, dotado de ampla liberdade intelectual,jurista Lênio Streck analisa o julgamento do habeas corpus de Lula pelo Supremo Tribunal Federal. Considera que o STF encontrou seu caso Dred Scott, um julgamento que a Suprema Corte norte-americana enfrentou em meados do século 19, e que até hoje envergonha a casa.
Considera que a decisão marcou o primeiro dia do resto das nossas vidas, onde o desafio maior será juntar os cacos do direito.A entrevista foi concedida na 5ª feira à noite, depois do anúncio da ordem de prisão de Lula pelo juiz Sérgio Moro.
O que achou da decisão de Sérgio Moro de ordenar a prisão de Lula. Não havia recursos ainda?
Lênio Streck – Claro que sim. Mas não surpreende sabendo de onde vem. É de onde a Constituição não tem lugar. Um habeas corpus não concedido, eivado de contradições, tendo ainda embargos declaratórios, principalmente em uma questão que é bizarra. Você tem declaradamente 6 votos pela admissão da presunção da inocência conforme a Constituição, com duas variações, que são as posições dos Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli para a questão do STJ. Mas a soma deles, com a Ministra Rosa Weber, dá 6. Ou seja, maioria.
Mas a Ministra acabou, de uma forma muito estranha e bizarra, dizendo que a posição dela, com relação à presunção, é positiva, mas, ao mesmo tempo, em relação ao habeas corpus ela estranhamente se coloca contra.
Ela diz que é pela questão da colegialidade. Isso é uma invenção da Casa dos Lordes, da Inglaterra, que já em 1966 sacou esse negócio. Se seguir à risca, nunca mudará as leis. O próprio Ministro Ricardo Lewandowski disse isso. Se seguir à risca a tese da Ministra, todo mundo vai continuar tendo a mesma posição. Não tem nenhum sentido.
Os Ministros, na sua grande maioria, disseram que estavam votando a tese, portanto estavam votando uma espécie de condição principal. O Ministro Barroso chegou a dizer que nem estava examinando o habeas corpus, porque estava votando só a tese. O Ministro Fux também disse. Então como aceitar o voto da Ministra Weber, que é a única que não vota na tese, mas vota contra o habeas corpus? Essa é a contradição sanável por embargos de declaração. Obviamente não transitou em julgado, não podia ser cumprido. Portanto, o pedido da prisão é inconstitucional.
Alguns advogados dizem que a defesa de Lula teria que ter impetrado paralelamente um HC no STJ. Poderiam?
Agora cabe, em face da violação do habeas corpus, que comporta embargos declaratórios e, portanto, não poderia cumprir imediatamente a decisão. Veja bem, o HC foi negado. Quando se nega o HC, ela não pode ser cumprida antes dos embargos declaratórios. Cabe HC e cabe pedido de liminar em relação às ADCs (Ação Direta de Constitucionalidade), que Kakay pediu. (As ADCs discutem a constitucionalidade da prisão após sentença em segunda instância).
Se Rosa Weber cumprir sua palavra, e ela disse a todo momento que é favorável à tese da OAB (que apresentou uma das ADCs), por que então o presidente e qualquer outro réu tem que ir para a prisão esperando uma decisão que já se sabe qual é?
Quais as consequências dessa decisão para o Estado de Direito?
Hoje é o primeiro dia do resto das nossas vidas nas quais a moral venceu o direito, o voluntarismo venceu a Constituição. Hoje começamos a contagem regressiva e levaremos muitos anos para juntar os cacos.
Nos Estados Unidos, em 1857, houve o famoso caso Dred Scott, no qual a Supremo Corte negou a Dred, que era escravo, a condição de entrar em juízo, porque não era pessoa. Até hoje a Suprema Corte se envergonha dessa decisão.
Estou pensando se este caso não é o nosso caso Dred Scott, pelas circunstâncias, pela questão bizarra. Se Ministros disseram que estavam votando a tese, por que é que é a Ministra Rosa Weber levantou essa coisa da colegialidade?
Garantias fundamentais a gente reconhece nos direitos do inimigo. Mas não resisto a um comentário, ironia da história. Dos 6 votos que hoje são favoráveis à salvação do presidente, 3 não foram votados por Dilma e Lula: Celso de Mello, o decano, Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, que acabaram votando pela tese mais clara do mundo: onde está escrito xis, leia-se xis. Na clareza da lei, cessa a interpretação.
Em direito a coisa funciona assim: se tenho um dispositivo que diz xis, para eu não cumprir xis, eu tenho que dizer que essa norma não vale. O Supremo não diz que não vale e, na sua maioria, não cumpriu.
A gente vê abusos de toda ordem em procuradores, juízes, delegados. Qual vai ser o impacto dessa decisão na estrutura do Judiciário.
Como dizia Nelson Rodrigues, tudo isso que está acontecendo é fruto de muito trabalho e esforço. Durante anos, a comunidade jurídica não se importou com o direito. Os concursos públicos passaram a ser preenchidos por pessoas despreparadas, se formando em torno de cursinhos, em uma estrutura meramente técnica, muito mais em decisões dos tribunais, dando pouca bola para a doutrina. Aí se criou um círculo vicioso. Os cursinhos perguntam coisas que os tribunais decidem, e os tribunais perguntam nos concursos o que os cursinhos ensinam. Criamos uma geração que não valoriza a Constituição e a doutrina. Apenas segue uma coisa tardia no Brasil, que chamamos de realismo tardio. Você não confia mais no direito, na Constituição, mas apenas naquilo que os juízes dizem. Criamos um pequeno estamento, isso dito pelo próprio Ministro Gilmar Mendes, que faz com que o direito dependa de opiniões pessoais.
Vimos que, no comando de uma maioria, o Supremo pode reescrever a Constituição. Como enfrentar essa subversão?
É o problema do ativismo judicial, que venho denunciando há mais de 20 anos. Os próprios governos de esquerda se preocuparam pouco com o direito, deixando um pouco de lado essa discussão. Não se regulamentou a questão dos cursinhos de preparação, as faculdades de direito. Não se trabalhou o reforço de uma forte doutrina que tratasse a democracia brasileira, confiando na velha tese de que o direito é o que os tribunais querem que seja.
Hoje em dia, o direito brasileiro só falava em inglês, em common law, em colegialidade, como se um país de Terceiro Mundo, que precisa do Parlamento, fosse confiar mais na Inglaterra.
Nós estamos admitindo que o Supremo Tribunal reescreva a Constituição. E pior, colaboramos com isso, com as súmulas vinculantes. A soma disso tudo é uma tempestade perfeita.
Nessa balbúrdia, qual o futuro da democracia?
Vejo com muita preocupação. As democracias só sobrevivem quando direito e Constituição têm grau de autonomia. A grande conquista do Segundo pós-guerra para cá, foi mostrar que a democracia só se faz a partir do direito. A política tem que pagar pedágio para o direito.
Agora, se o direito paga pedágio para a política e para a moral, não é mais direito. Nos pós-guerra, o direito viu que fracassou. Qual a saída? Uma Constituição que fosse forte e fosse cumprida. Quando tem crise, como na Espanha e em Portugal, quase um ano sem governo, ninguém pensou em mudar a Constituição, porque sabem que a política paga pedágio para a Constituição.
A crise das constituições é tipicamente brasileira?
É mais acentuada em países como nosso, pelo dualismo metodológico. No século 19 se falava que as Constituições eram folhas de papel. Havia uma realidade social e podia se substituir as leis pela realidade social. Eram outros tempos. Hoje, em países como nosso, uma visão da realidade social para substituir a Constituição é uma temeridade. E aí viramos uma espécie de democracia plebiscitária e um judiciário plebiscitário. Quando um Ministro do Supremo diz “eu tenho que atender o anseio popular”, eu digo “alto lá! Como você afere isso? Tem uma pesquisa?”. E se tivesse a pesquisa, paradoxalmente o Judiciário não precisaria existir. Se o anseio popular vale mais que a Constituição, caio num paradoxo. Se pudesse comprovar esse tal de anseio popular, o Judiciário seria inútil.
Porque no Brasil há mudança de perfil tão grande de pessoas que mudam suas convicções depois que se tornam Ministros?
Eu diria que, nessas contas de débito e crédito, a comunidade jurídica está em insolvência epistêmica. Fracassamos, porque não conseguimos dizer uma coisa mínima: Constituição é remédio contra maioria; Supremo Tribunal não pode atender o reclamo das ruas; entre o clamor das ruas e da Constituição, vale o ronco da Constituição.
Nenhuma democracia no mundo se fortaleceu com questões sazonais. Primeiro, porque a opinião pública é opinião publicada. Depois, porque é sazonal. Vou dar um exemplo, vou ser cruel. Você lembra como o Ministro Celso de Mello no mensalão? O que ele disse sobre quadrilhas, bandoleiros? Todos disseram, olha que absurdo! Passado um tempo, o Ministro deu ontem um voto belo. Eu não sei daqui a dois meses, como ele atuará. Em uma democracia, o direito só se sustenta com certo grau de ortodoxia. Tem limites para as interpretações.
No meu programa Direito e Literatura, discutimos a superinterpretação. Pode discutir de Capitu traiu ou não Bentinho. A única coisa que não pode escrever é que Capitu era um travesti.
Uma pessoa carregando um porco nas costas, se colocar cinco pessoas, cada qual vai ter sua interpretação. Mas não pode dizer que é uma ovelha
Como se faz direito no Brasil? Como o personagem Humpty Dumpty, que diz à Alice, eu dou às palavras o sentido que eu quero. Diz para ela, porque você só faz aniversário uma vez por ano? E ela, porque é assim. E ele, você pode fazer 364 desaniversários e ganhar 364 presentes. Ela diz “não pode ser assim“. E ele: “pode, porque eu dou às palavras o sentido que eu quero“.
Com essa liberdade interpretativa, não há mais fatos, há apenas relatos. O que é a prova hoje no processo penal brasileiro, uma espécie de processo penal 3.0, com direção hidráulica? Prova tem que ser provada. E hoje, como diz o Dallagnol, eu tenho convicção. É nesse sentido a prova é só uma crença, uma convicção na cabeça de quem acusa.
O Direito abriu mão dos conceitos
Qual o impacto da desorganização mercado de opinião, com as redes sociais, mais o fundamentalismo religioso?
O exemplo é o Dallagnol, que mistura religião com Estado e com direito. Ele não sabe que Estado não se mete com religião, nem religião com Estado. Aquilo que Dallagnol e outros propõem, é a mesma coisa que se dizer que a sociedade exige que se faça isso. Ou seja, as opiniões morais valem mais que o direito. O custo da democracia é você, mesmo contra sua vontade, preservar o direito do inimigo. Senão, tem efeito bumerangue. Um querido amigo, jurista alemão, diz: Cuidado, os textos jurídicos podem revidar, podem bater de volta.
No Brasil, cada vez que se descumpre a Constituição, ele pode de volta e bater. Pau que bate em Francisco bate em Chico. Qualquer homem de bem, qualquer pessoa sem antecedentes, agora, condenada em segundo grau, começa a cumprir a pena. Onde? Em presídios que o próprio Supremo declarou como masmorras medievais.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Perfil da Comissão de Negociação da Campanha Salarial – 2018 do SINDMOTORISTAS – SP


Este ano os trabalhadores (as) elegeram uma Comissão de Negociação Salarial com 121 membros, sendo 98 homens e 23 mulheres. A maioria participa desta atividade pela primeira vez. O tempo que eles (as) trabalham no sistema de transportes é o seguinte: de 1 a 10 anos, 37 membros (41%); de 11 a 20 anos, 30 membros (25%); de 21 a 30 anos, 34 membros (29%) e com mais de 30 anos, 6 membros (5%).

A expectativa deles (as) em relação à Campanha Salarial – 2018 é que seja a melhor de todos os tempos; seja boa e vitoriosa. As principais reivindicações são: Reajuste nos Salários acima da inflação; Pagamento do PLR de forma linear; Construção de Banheiros nos pontos iniciais e finais das linhas; Corrigir falhas no Plano de Cargos e salários no setor de manutenção; Piso Salarial diferenciado para motoristas de trólebus e ônibus articulado e biarticulado.

O clima na categoria, segundo os relatos, é de revolta, empolgação, desconfiança e preocupação. As notícias veiculadas sobre a licitação das linhas com possível redução da frota; eliminação de postos de trabalho dos cobradores e aplicação da Lei 13.467/2017 (da Reforma Trabalhista) são temas debatidos frequentemente nos locais de trabalho e que cria um clima de insegurança.

Para melhor esclarecer e manter a base mobilizada, caso tenha impasse nas negociações e seja preciso fazer ações nas garagens e terminais, o SINDMOTORISTAS conta em média com um contingente de 700 pessoas. Dentre eles (as) os 121 membros da Comissão de Negociação; 55 diretores da entidade; 75 delegados sindicais; 290 cipeiros eleitos e 150 militantes atuantes em todas as garagens.

Por unanimidade os membros da Comissão decidiram que focarão o trabalho na luta por melhores condições de salário, trabalho e saúde e segurança. Se depender deles (as), o clima de disputa eleitoral para nova diretoria do Sindicato não contaminará o processo de negociação salarial e nem o entendimento para se chegar a um acordo com o setor patronal.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

A Luta Não Para, Não Para Não!


Mesmo com a Lei 13.467/2017 (da Reforma Trabalhista) em vigor desde 11 de novembro do ano passado, os trabalhadores em geral e, especialmente os Condutores – SP representados pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS – SP), tem feito mobilizações e trabalho de conscientização para que as novas regras não sejam implantadas na categoria.

O mais desagradável é ver pessoas, que diante de tantos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, ficam parados com cara de paisagem, ou seja, preferem permanecer parados no tempo. Por que isso acontece? Comodismo? Preguiça? Falta de vontade de lutar? Alienação? Crença de que nada vai mudar? Comprometimento com os interesses patronais?...

Quem estiver inerte perante esta conjuntura adversa, se esquece de que a vida é movimento. Tudo muda, evolui e segue em frente. Se aceitarmos que nos empurrem, que nos tirem direitos, que nos ameacem com retaliações, só vamos conseguir que nos oprimem mais, que nos tirem mais e mais conquistas, principalmente, se não sairmos da zona de conforto.

Nesta Campanha Salarial – 2018 muita coisa estará em jogo. Por isso, participem ativamente das reuniões e assembleias convocadas pela diretoria do Sindicato. Se não puder, acompanhe as ações pelo Facebook e o site da entidade e fique antenado com todos os encaminhamentos. Cobre informações de seus representantes que foram eleitos para esta finalidade.

Converse com os colegas de trabalho, aponte às dúvidas e problemas que mais lhes afetam no dia a dia, busquem esclarecimentos na entidade, de preferencia pessoalmente. Condene os que fazem críticas destrutivas e falsas, que espalham nas Redes Sociais as fake News. A orientação do presidente do SINDMOTORISTAS, Valdevan Noventa é que sejamos verdadeiros e transparentes em mais esta difícil batalha.

Ele nos assegurou que está aberto a sugestões, críticas construtivas e questionamentos, que possam ajudar na condução dos rumos da Campanha. Garantiu que para ocorrer mudanças significativas, a participação de todos é indispensável. Manter-se informado e seguir as orientações do Sindicato ajudará para que tenhamos o êxito desejado nas negociações com os patrões. Esperar que as melhorias caiam do céu não dá. Participe e não deixe que outros decidam por você!

Nailton Francisco de Souza (Porreta)
Diretor Nacional de Comunicação da Nova Central

Nossa Luta, Nosso Destino!


A prosperidade se encontra melhor servida por uma justa e equitativa distribuição de renda e propriedade entre todos os membros da sociedade. A pobreza é um produto inevitável de um sistema injusto desenhado para explorar quem trabalha duro e seguem as regras.

Todo sindicalista que se preze deve lutar por um mundo, não mais dividido entre os obscenamente ricos e os desesperadamente pobres. Uma sociedade com mais paz e menos violência, mais amor e menos ódio, mais esperança e menos medo.

Lutamos por melhores salários e condições de trabalho e saúde, para que o emprego remunerado permita significativo tempo para a família, os amigos, participação na vida comunitária e política, atividade física saudável, para a aprendizagem e crescimento espiritual.

Pobreza, desemprego, taxas elevadas de criminalidade e famílias destruídas, são todos indicadores de um sistema econômico que dá maior prioridade à manutenção e aumento do poder e privilégio de uma pequena elite, do que propiciar os elementos essenciais da vida a todos.

Nailton Francisco de Souza (Porreta)
Diretor Nacional de Comunicação da Nova Central