Nova métrica que passou a ser usada neste mês
pelo Banco Mundial para delimitar a quantidade de pessoas que vivem abaixo da
linha da pobreza eleva de 8,9 milhões para 45,5 milhões o número de brasileiros
considerados pobres – 1/5 da população.
A instituição decidiu complementar a linha de
pobreza tradicional – que traça o corte em consumo diário inferior a US$ 1,90 –
com outras duas delimitações mais ajustadas às realidades de cada país.
Uma nova linha passa a ser demarcada em US$
3,20, representando a mediana das linhas para países de renda média baixa. A
outra linha é de US$ 5,50 por dia, que corresponde à mediana das linhas de
pobreza dos países de renda média alta, entre os quais se inclui o Brasil.
“Ser pobre no Maláui ou em Madagáscar é
diferente de ser pobre no Chile, no Brasil ou na Polônia”, diz Francisco
Ferreira, economista do Banco Mundial.
No caso de países como o Brasil, o volume de
pessoas que vivem abaixo da linha de US$ 1,90 é pequeno, ou seja, esse corte
não captura a real pobreza do país.
“Muito pouca gente vive com US$ 1,90 por dia
no Brasil, graças a Deus. Mas quem vive com US$ 2,00 ainda é pobre para os
padrões brasileiros e para os padrões dos países de renda média alta”, diz.
É preciso dar os parabéns a cada paneleiro e
paneleira pela graça alcançada. Era esse o país que eles queriam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário