Os
retrocessos contidos na Lei 13.467/2017 que alterou mais de 100 Artigos da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho) foram amplamente debatidos no 7º Congresso
dos Condutores – SP, realizado de 08 a 10 de novembro em Santos. Na análise dos
congressistas ela impõe mudanças drásticas nas relações entre capital e
trabalho além de rasgar, extinguir direitos conquistados com o esforço da
classe trabalhadora.
“Neste
grave momento que registra a trágica marca de mais de 14 milhões de
desempregados no Brasil, apresentar reformas desestruturantes é uma atitude
brutal e de total insensibilidade com a população. É uma forma de se aproveitar
da situação de fragilidade para eliminar conquistas da sociedade”, afirmou o
presidente do SINDMOTORISTAS – SP, Valdevan Noventa.
Que
entende que atual conjuntura social, política e econômica exigirá, do movimento
sindical cada vez mais, maior aproximação com seus representados para fazer a
disputa de narrativa e ampliar o quadro associativo. E que neste contexto, as
entidades sindicais são as únicas instituições democráticas fora dos poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, capazes de impedir as medidas retrógradas.
“As
condições como essa reformas foi proposta pelo Executivo e ampliadas no
Legislativo, sem diálogo com as entidades de representação sindical e popular,
demonstram a intransigência de um governo e um Congresso que se distanciam dos
eleitores e do plano de governo apresentado em 2014 e não ouvem a voz das ruas”,
comentou o presidente.
Em tom
de alerta, comentou que mesmo com a rejeição recorde do presidente Michel Temer
(PMDB) e o descrédito com o Congresso Nacional e setores do Poder Judiciário
junto à população, será preciso dobrar à responsabilidade de termos a
consciência e de conhecer bem e escolher melhor os representantes nas próximas
eleições de 2018.
“A
preocupação com os rumos das reformas e os ataques ao movimento sindical e aos
direitos trabalhistas e previdenciários é prioridade desta da diretoria. Se os
patrões declararam guerra contra nossos direitos e conquistas, terão a resposta
à altura e na hora certa. Na campanha Salarial do ano que vem combateremos os
retrocessos perversos desta legislação, que foi pensada para retirar direitos,
enfraquecer sindicatos dos trabalhadores e liquidar com a Justiça do Trabalho”,
denunciou Noventa.
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