A classe trabalhadora foi golpeada com a reforma
neoliberal trabalhista, patrocinada pelos banqueiros, empresários e fielmente
apoiada pelo o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Ives
Gandra da Silva Martins Filho. Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo de segunda-feira (06/11), o ocupante do
mais importante cargo da Justiça do Trabalho, defendeu ferozmente os interesses
dos patrões.
Na ilustre opinião deste magistrado o combate
ao desemprego se faz com retirada de direitos sociais e trabalhistas. "Nunca
vou conseguir combater desemprego só aumentando direito." Para ele, a Lei
13.467/2017 quebra a rigidez da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e dá
segurança jurídica às empresas em um ambiente de novas tecnologias.
De acordo com Nailton Francisco de Souza
(Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central, as declarações do
ministro Ivo Gandra estão alinhadas com a dos diretores da CNI (Confederação
Nacional das Indústrias) e da CNT (Confederação Nacional dos Transportes),
instituições estas que foram linha de frente no lobby feito no Congresso
Nacional para aprovar à nova legislação.
Diz que por inúmeras vezes o movimento
sindical denunciou que a chamada reforma trabalhista aconteceria com duplo
objetivo: arrebentar os sindicatos laborais e exterminar conquistas dos
trabalhadores (as). E que estas mudanças significam retrocessos, em benefícios
dos capitalistas.
“Num país em que mais da metade da força de
trabalho não tem direitos algum, ao invés do governo defender direitos para
todos, promove o maior desmonte já feito na CLT. Foram mais de 100 mudanças. Se
não bastasse o sofrimento do povo com o desemprego e salário de miséria, o mais
lamentável é ouvir de um juiz que somos os culpados pela crise”, diz Nailton.
Perguntado se os
encargos trabalhistas colaboraram com a crise, de imediato disse que colaborou. “Um pouco da crise veio exatamente do
crescimento de encargos trabalhistas. Para você ter uma reforma que o governo
manda dez artigos e sai do Congresso com cem alterados, é porque havia demanda
reprimida”, afirmou Gandra.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/1933111-e-preciso-flexibilizar-direitos-sociais-para-haver-emprego-diz-chefe-do-tst.shtml
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