Valdir
de Souza Pestana, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes
Rodoviários no Estado de São Paulo (FTTRESP) disse que se a greve do dia 28 de
abril, contra as reformas da Previdência, Trabalhista e o Lei da Terceirização
sancionada pelo presidente Michel Temer (PMDB), não resolver, a solução será
invadir Brasília.
“Pelo
visto, a greve de sexta-feira da próxima semana, 28 de abril, será um grande
grito que entrará por um ouvido e sairá pelo outro de Michel Temer (PMDB), dos
seus deputados e senadores. Aí, não teremos alternativa além de ocupar Brasília
e mostrar quem manda neste país”.
O
alerta, de Pestana tem por base o regime de urgência aprovado pela câmara
federal, na quarta-feira (19/04), para tramitação da reforma trabalhista e
sindical. “Se, mesmo com a greve prevista para a semana que vem, os deputados
tiveram o descaramento de colocar o mesmo regime de urgência duas vezes em
votação, uma na terça-feira (18), derrotada, e outra na quarta (19), vitoriosa,
sinal que estão dispostos a tudo”.
Na
cidade de Santos – SP onde preside o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de
Santos e Região, o sindicalista afirmou que a diretoria da entidade, desde a
semana passada, panfleta diariamente todas as garagens de ônibus municipais,
intermunicipais, de fretamento e de carga sobre a Greve Geral organizada pelas
Centrais Sindicais.
Dinheirama
“Já
se esperava que o todo poderoso mercado, essa entidade financeira, industrial,
midiática, de agronegócio e de todas as atividades econômicas, fosse falar
bastante alto, com todo o poder de convencimento de seu dinheiro”, desabafa.
“Mas
o movimento sindical imaginava que os deputados favoráveis às nefastas reformas
do desgastado governo Temer temessem pelo menos um pouco a repercussão negativa
decorrente de seus compromissos com o capital. Qual o quê. Estão nem aí para
isso. Estão convencidos de que nada mudará no processo eleitoral e que
continuarão se valendo da dinheirama para comprar votos e se reelegerem, com a
indispensável ajuda de uma imprensa sempre ao lado dos interesses do capital”.
Disse
não esperava “essa manobra regimental da presidência da câmara para votação
urgente da reforma trabalhista”. E acredita que a reforma da previdência
“obedecerá ao mesmo trâmite para contemplar o sistema financeiro interessado em
sua aprovação”.
Para
ele, se a reforma previdenciária for aprovada, “os brasileiros apenas pagarão
as contribuições previdenciárias, mas muito poucos conseguirão se aposentar. E
aqueles malandros continuarão mamando no dinheiro do povo. Por isso, vamos
ocupar a capital federal”.
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