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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Desemprego e terceirização foram temas da primeira reunião de negociação

O encontro realizado quarta-feira (19/04), no Hotel Dan Inn, na capital paulista entre a Comissão de Negociação do Sindicato dos Motoristas-SP (SINDMOTORISTAS) e o Sindicato das Empresas de Ônibus Urbanos (SP-URBANUSS), serviu para que os representantes dos empresários, mais uma vez, apresentassem as dificuldades, que segundo eles, o sistema de transporte enfrenta devido à conjuntura econômica do país.

Pavani Júnior, porta voz dos patrões disse que para está em uma mesa de negociação é preciso “apostar” em uma proposta “possível e razoável” para as partes. “Costumo falar. É um ano difícil. Este ano mais ainda. O país está em crise, o município está em crise e as empresas estão em crise”, relatou, para depois externar os objetivos dos empresários.

Relatórios com o desempenho operacional e uma planilha com os custos do sistema foram apresentados. Segundo o presidente do SINDMOTORISTAS, Valdevan Noventa se depender do Poder Público e os patrões, a retirada dos cobradores (as) dos ônibus e contratações via regime de terceirização poderiam ser alternativas para minimizar custos operacionais. De imediato, Noventa rechaçou tais possibilidades e classificou o projeto de “mentiroso” e “desumano”.

“A diretoria em hipótese alguma aceitar, se quer, discutir estes temas nas negociações. O projeto arquitetado pelo prefeito Dória e os patrões é o chamado me engana que eu gosto. Onde já se viu querer diminuir 10% da frota e dizer em realocar os cobradores (as) para outras funções. Neste momento de desemprego é preciso ser mais humano e pensar no próximo. Não podemos permitir que a sobrevivência vire uma guerra, onde muitos passam fome, necessidades e poucos vivam no luxo, ganhando muito via exploração do trabalhador (a)”, respondeu Valdevan.

Que reconheceu as dificuldades as quais se deparam os trabalhadores (as) em transportes, mas que mesmo em meio à crise, os negócios das empresas de ônibus se mantêm rentáveis e que a posição da categoria nas negociações é buscar um reajuste salarial justo, digno e acima de tudo com total garantia dos postos de trabalho dos cobradores (as) de ônibus.


“A defesa dos direitos, do salário real, das condições de trabalho, do próprio emprego, estão, sobretudo nas mãos da própria categoria. Com muita organização e mobilização, tenho certeza de que os percalços do caminho da Campanha Salarial deste ano serão todos superados através de nossa unidade, apoio na base e muita luta. Por isso contamos com a colaboração de todos e peço para que não acreditem em versões caluniosas dos oportunistas de plantão a serviço do patrão”, orienta Noventa.

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