O encontro realizado quarta-feira
(19/04), no Hotel Dan Inn, na capital paulista entre a Comissão de Negociação do
Sindicato dos Motoristas-SP (SINDMOTORISTAS) e o Sindicato das Empresas de
Ônibus Urbanos (SP-URBANUSS), serviu para que os representantes dos
empresários, mais uma vez, apresentassem as dificuldades, que segundo eles, o
sistema de transporte enfrenta devido à conjuntura econômica do país.
Pavani Júnior, porta voz dos patrões disse que para
está em uma mesa de negociação é preciso “apostar” em uma proposta “possível e
razoável” para as partes. “Costumo falar. É um ano difícil. Este ano mais
ainda. O país está em crise, o município está em crise e as empresas estão em
crise”, relatou, para depois externar os objetivos dos empresários.
Relatórios com o desempenho operacional e uma
planilha com os custos do sistema foram apresentados. Segundo o presidente do SINDMOTORISTAS, Valdevan
Noventa se depender do Poder Público e os patrões, a retirada dos cobradores
(as) dos ônibus e contratações via regime de terceirização poderiam ser
alternativas para minimizar custos operacionais. De imediato, Noventa rechaçou
tais possibilidades e classificou o projeto de “mentiroso” e “desumano”.
“A diretoria em hipótese alguma aceitar, se quer,
discutir estes temas nas negociações. O projeto arquitetado pelo prefeito Dória
e os patrões é o chamado me engana que eu gosto. Onde já se viu querer diminuir
10% da frota e dizer em realocar os cobradores (as) para outras funções. Neste momento
de desemprego é preciso ser mais humano e pensar no próximo. Não podemos
permitir que a sobrevivência vire uma guerra, onde muitos passam fome, necessidades
e poucos vivam no luxo, ganhando muito via exploração do trabalhador (a)”, respondeu
Valdevan.
Que reconheceu as dificuldades as quais se deparam
os trabalhadores (as) em transportes, mas que mesmo em meio à crise, os
negócios das empresas de ônibus se mantêm rentáveis e que a posição da
categoria nas negociações é buscar um reajuste salarial justo, digno e acima de
tudo com total garantia dos postos de trabalho dos cobradores (as) de ônibus.
“A defesa dos direitos, do salário real, das
condições de trabalho, do próprio emprego, estão, sobretudo nas mãos da própria
categoria. Com muita organização e mobilização, tenho certeza de que os percalços
do caminho da Campanha Salarial deste ano serão todos superados através de nossa
unidade, apoio na base e muita luta. Por isso contamos com a colaboração de
todos e peço para que não acreditem em versões caluniosas dos oportunistas de
plantão a serviço do patrão”, orienta Noventa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário