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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Haddad negou que haja “cartelização” nos transportes...

A cidade de SP poderá ter uma empresa pública de transporte


O vereador Valdemar Silva (Vavá do Transporte), afirmou que por muitos anos trabalhou na Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), empresa pública que foi referência no setor na América Latina, que infelizmente, serviu aos interesses particulares de administradores descomprometidos com o transporte público de qualidade, e foi extinta pelo então prefeito na época, Paulo Maluf.

Lembrou que na ocasião, os argumentos utilizados eram de que sua ineficiência e o alto custo operacional oneravam os cofres da Prefeitura Municipal via os subsídios. Que passados quase 20 anos de sua privatização, o prefeito Fernando Haddad anuncia sua intenção em criar uma ‘nova CMTC’, por não haver empresas suficientes para prestar serviços de qualidade na cidade.

“Em entrevista à Rede Brasil Atual e à TVT, ele vinculou sua criação à renegociação da dívida da Prefeitura de São Paulo, caso seja aprovado no Senado, Projeto de Lei que permite renegociação das dívidas dos municípios. E que para comprar ônibus, o poder público precisa ampliar sua capacidade de endividamento”.

Vavá do Transporte, também destacou que outro ponto relevante abordado pelo prefeito, é o fato de não está descartada a possibilidade de a licitação dos transportes em São Paulo ficar somente para 2015, o que vai depender de quando ficar pronta a auditoria sobre as contas dos transportes, que será feita por uma empresa ainda está sendo escolhida.

De acordo com a entrevista, Haddad negou que haja “cartelização” nos transportes urbano por ônibus da capital, mas reconhece que nem todas as companhias possuem condições de operar na cidade e, que são difícil novos grupos empresariais do setor entrar no sistema da Capital Paulista. “Também disse que a criação de faixas de ônibus não reduz a velocidade dos carros de passeio, mas aumenta do transporte coletivo, que é a meta de sua gestão”.

Confira o trecho da entrevista em que o prefeito falou sobre mobilidade:

1 - Nessa convivência público-privado ainda existe possibilidade de constituir uma empresa pública de transportes?

R: Eu gostaria de ter. Infelizmente depende um pouco da votação da dívida do município no Senado. Porque se eu não tiver espaço de endividamento eu não tenho como adquirir ônibus próprios para o município. Eu estou amarrado a uma decisão que está na mão do Senado. Se revisar a dívida eu tenho fôlego para ter uma empresa municipal de transporte.

2 - Qual seria a vantagem para a população dessa empresa municipal de transporte público em São Paulo?

R: Seria a municipalidade não ficar refém do setor privado. Hoje, qual é o grau de liberdade que a prefeitura tem? Você não tem nem outras empresas para contratar, você tem uma situação dada muito difícil de sair. Teria mais grau de liberdade você ter uma empresa pública, com uma unidade/custo, transparente, com dados abertos. Daí eu tenho condição de saber exatamente qual é tarifa justa do ponto de vista da remuneração do empresário. Ganharia muito em transparência, em primeiro lugar, e muito em liberdade para negociar melhores condições para cidade.

3 - E qual a perspectiva de alterações nas planilhas de custo do transporte?

R: Olha, nós abrimos todas as planilhas, mas elas são muito difíceis de serem lidas. O que nós fizemos foi contratar uma auditoria internacional para facilitar a vida do cidadão.

4 - Ainda está travada a nova licitação dos transportes?

R: Não, não está mais. Estamos assinando o contrato, este ano nós vamos fazer uma grande auditoria no sistema.

5 - Então, vai ficar para 2015 o novo edital do transporte?

R: Depende da velocidade dessa auditoria. Eles devem ter boa experiência em planilhar esses custos. Se tiverem acesso a tudo, eu acho que eles podem nos dar uma resposta rápida, em alguns meses. Eu não sentei com a empresa ainda, até porque o contrato ainda não está assinado. Vamos estabelecer um calendário. Mas assim que eles nos abrirem os números, nós podemos licitar com segurança, e estaremos fazendo o melhor para a cidade.

6 - E a questão dos corredores, as pessoas que estão acostumadas ao transporte individual devem pensar em também priorizar o transporte coletivo?

R: O papel do poder público é garantir o mínimo de qualidade do transporte público, para dar alternativa para as pessoas. Mas, ao contrário do que as pessoas pensam, os veículos particulares de São Paulo ainda andam em uma velocidade maior do que a maioria das cidades do mundo. Por exemplo, Nova York. Apesar do metrô de Nova York ser cinco vezes o de São Paulo, os carros de lá andam em uma velocidade menor do que aqui. Para você ver como o tema é complexo.

O link com a entrevista completa é:


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