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segunda-feira, 11 de junho de 2018

Agenda neoliberal em xeque nas eleições de outubro



Desde 1994, o PSDB tem participado do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras. Nesse processo, se tornou o maior representante da agenda liberal no país. Em 2018, porém, o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, tem mostrado um baixo desempenho das pesquisas de intenção de voto, o que gera tensões e questionamentos no interior de sua legenda.

Acadêmicos ouvidos pelo Brasil de Fato avaliam que há dificuldade para a agenda neoliberal sair vitoriosa em processos eleitorais. Para Olívia Carolino, mestre em Desenvolvimento Econômico e doutora em Ciência Política, a “primeira ofensiva neoliberal”, ocorrida nos anos 1990 na América Latina, foi combatida nos anos 2000 através da eleição de “governos progressistas" pela região, em um processo que pode ser compreendido como rechaço popular aos efeitos de “desnacionalização, privatização e dolarização da economia”.

Uma pesquisa recente indica este rechaço: segundo o Datafolha, mesmo estando no centro de diversas polêmicas, 55% da população é contra a privatização da Petrobras.

“Esse pacote foi rejeitado pelo movimento popular na América Latina. O neoliberalismo hoje não promete nada. Promete desemprego, que as pessoas não irão se aposentar. Promete privatização da energia, a entrega do petróleo. Essa nova ofensiva neoliberal tem como meta limpar qualquer possibilidade de reação popular que possa responder aos seus efeitos. Por isso esse ataque à democracia e o estreitamento das margens democráticas”, diz.

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