Desde 1994, o PSDB tem
participado do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras. Nesse
processo, se tornou o maior representante da agenda liberal no país. Em 2018,
porém, o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, tem mostrado um baixo
desempenho das pesquisas de intenção de voto, o que gera tensões e
questionamentos no interior de sua legenda.
Acadêmicos ouvidos pelo
Brasil de Fato avaliam que há dificuldade para a agenda neoliberal sair
vitoriosa em processos eleitorais. Para Olívia Carolino, mestre em
Desenvolvimento Econômico e doutora em Ciência Política, a “primeira ofensiva
neoliberal”, ocorrida nos anos 1990 na América Latina, foi combatida nos anos
2000 através da eleição de “governos progressistas" pela região, em um
processo que pode ser compreendido como rechaço popular aos efeitos de
“desnacionalização, privatização e dolarização da economia”.
Uma pesquisa recente indica
este rechaço: segundo o Datafolha, mesmo estando no centro de diversas
polêmicas, 55% da população é contra a privatização da Petrobras.
“Esse pacote foi rejeitado
pelo movimento popular na América Latina. O neoliberalismo hoje não promete
nada. Promete desemprego, que as pessoas não irão se aposentar. Promete
privatização da energia, a entrega do petróleo. Essa nova ofensiva neoliberal
tem como meta limpar qualquer possibilidade de reação popular que possa
responder aos seus efeitos. Por isso esse ataque à democracia e o estreitamento
das margens democráticas”, diz.
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