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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Denuncia grave de Prática Antisindical no Grupo VIP


No setor de manutenção das empresas de ônibus do Grupo VIP, o sucesso na carreira profissional se tornou uma jornada cheia de imprevistos, obstáculos e perseguições. Relatos obtidos nas garagens atestam que o reconhecimento via promoção funcional só se concretiza para os que aceitam ser “Preposto” da empresa em ações trabalhistas.

Caso se confirme esta grave denúncia, que além de imoral é classificada como “Prática Antisindical” que fere direitos constitucionais e Resoluções da OIT – Organização Internacional do Trabalho. Em pleno século XXI é inadmissível, intolerável e aceitável conviver com este tipo de política de recursos humanos.

Receber uma promoção e aumento salarial são duas grandes ambições de quem está empregado. A empresa deve utilizar regras justas e transparentes para reconhecer o esforço de quem almeja subir de cargo ou ser mais bem remunerado. 

"O Sindicato exige que cada candidato seja avaliado por sua competência, criatividade, habilidade, baixo índice de rejeição, confiabilidade e não por ser ou se tornar um bajulador e detrator dos seus colegas de trabalho”, diz o presidente Sorriso.

Que alerta para que os trabalhadores (as) não aceitem e não se submetam ao ridículo de trocar sua dignidade por uns trocados a mais no pagamento. 

“A promoção por reconhecimento indica que o funcionário (a) pode ter futuro em qualquer lugar. Não só na atual empresa. Estamos preparados e vamos combater as perseguições e assédios aos que merecem serem promovidos. Prática Antissindical, Aqui Não!”, afirmou o presidente.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Empresas burlam CCT para não pagar o Piso Salarial no Setor de Manutenção


Levantamento feito pelos membros da Comissão de Negociação do Setor de Manutenção da Campanha Salarial – 2018 comprova que as empresas de ônibus urbano de São Paulo, principalmente, as do Grupo VIP, burlam a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para não pagar o Piso Salarial dos profissionais do Setor de Manutenção e desrespeitam cláusulas sobre Saúde e Segurança no Trabalho dentre outras manobras.


Para se ter uma ideia, os salários dos borracheiros são os mais defasados. Pelo estudo a empresa Ambiental é que paga o maior salário (R$ 14,90 p/hora) e a Santa Brígida e VIP de Pinedo os menores (R$ 9,37 e R$ 9,40 p/hora) respectivamente. Os manobrista são explorados duplamente: sofrem com a demora para serem promovidos e com salários variados, em alguns casos a diferença do salário hora do cobrador é de apenas R$ 0,29 (vinte e nove centavos).

Valmir Santana da Paz (Sorriso) presidente em exercício do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS) recebeu na segunda-feira (18/06), a pauta de reivindicações que apontam12 irregularidades praticadas pelas empresas. Todas elas serão notificas e terão um prazo para agendar reuniões que visem solucioná-las o mais breve possível.

Assim que assumiu o cargo n o dia 06 de junho, Sorriso se comprometeu continuar na luta em defesa dos direitos “econômicos, sociais e trabalhistas” da categoria. “Não medirei esforços para seguir com a política adotada pelo presidente Valdevan Noventa que coloca os interesses dos trabalhadores (as) em primeiro lugar”, avisou.

Pauta de Reivindicações do Setor de Manutenção:

Solucionar situação dos funcionários (as) comprovadamente Fora de Função;

Corrigir defasagens salariais dos borracheiros, manobristas e outras funções;

Revisar nomenclaturas do Plano de Carreira;

Regularizar entrega de ferramentas, uniformes e jaquetas;

Acabar com a terceirização no lavador;

Garantir promoção para quem esteja com dois ou mais nos na função;

Cancelar punições excessivas;

Implantar Folga Dupla;

Aceitar declarações, comprovantes de horas e atestados médicos;

Facilitar a liberação de licença;

Respeito às Normas de Saúde e Segurança no Trabalho;

Fim do Banco de Horas, reivindicação específica na Viação Gato Preto.

terça-feira, 12 de junho de 2018

Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil


Este documento contém 39 artigos escritos por 42 especialistas que elaboraram amplo diagnóstico e formularam premissas para a Reforma Tributária brasileira. Os argumentos estão fundamentados na teoria da tributação, na experiência internacional e nas transformações ocorridas no Brasil desde meados do século passado. Seu principal objetivo é servir de ponto de partida para a elaboração de propostas para essa reforma, cujo documento será lançado em meados de 2018.

O trabalho pretende subsidiar o debate sobre as anomalias do sistema tributário, percebidas na comparação internacional, onde o sistema de impostos tem caráter progressivo, que decorre da maior participação da tributação direta (sobre a renda e a propriedade) em relação à indireta (incidente sobre o consumo).

Esse caráter regressivo é um dos determinantes da obscena distribuição da renda no Brasil. Estudos feitos com base em pesquisas domiciliares revelam que o Brasil é o “10º país mais desigual do mundo, num ranking de mais de 140 países” (PNUD, apud OXFAM, 2017). Análises realizadas com dados de pesquisas domiciliares e com as informações das declarações do imposto de renda revelam que, no quesito desigualdade da renda, o Brasil é vice-campeão mundial num ranking liderado pela África do Sul. Em 2015, os 10% mais ricos se apropriavam de 55,3% da renda nacional e os 50% mais pobres de apenas 12,3% (MORGAN, 2017).

A desigualdade da renda é o aspecto mais pungente das disparidades sociais. Entretanto, elas vão muito além dela, estando por toda a parte. O país ainda não foi capaz sequer de enfrentar desigualdades históricas herdadas de mais de três séculos de escravidão. A pobreza e a desigualdade no Brasil têm cor (mais de 70% das pessoas vivendo em extrema pobreza no país são negros) e gênero (em média, as mulheres ganhavam 62% do valor dos rendimentos dos homens em 2015) (OXFAM, 2017).

Mas, as desigualdades também se refletem na concentração da estrutura de propriedade rural e urbana, na injustiça tributária, no mercado de trabalho, na assimetria do tratamento da segurança pública e no acesso à justiça e a bens e serviços sociais básicos entre classes sociais e regiões do país. A Constituição de 1988, em fase de destruição, garante a igualdade de direitos, mas na prática há considerável distância entre direitos estabelecidos e o seu real exercício.

PREMISSAS PARA A REFORMA TRIBUTÁRIA NO BRASIL

Diante desse quadro, as diversas propostas de Reforma Tributária que estão em debate são insuficientes, porque não enfrentam as anomalias do sistema. Elas buscam, apenas, a “simplificação” e podem inviabilizar o Estado Social, tardiamente inaugurado pela Constituição de 1988, que é, atualmente, o principal mecanismo de redução da desigualdade da renda no Brasil.

Este documento parte do pressuposto de que, para que se enfrentem as diversas faces da desigualdade social brasileira, a Reforma Tributária deve ser ampla, contemplando a totalidade das suas anomalias. Nesse sentido, sugerem-se oito premissas que devem orientar a Reforma Tributária brasileira, sumarizadas a seguir:

1. A Reforma Tributária deve ser pensada na perspectiva do desenvolvimento econômico e social do País;

2. A Reforma Tributária deve estar adequada ao propósito de fortalecer o Estado de Bem-estar Social, preservando e diversificando as fontes para o financiamento da proteção social, em função do seu potencial como instrumento de redução das desigualdades sociais e promotor do desenvolvimento nacional;

3. A Reforma Tributária deve avançar no sentido de promover a sua progressividade pela ampliação da tributação direta, que incide sobre a renda e o patrimônio das camadas mais ricas da população;

4. A Reforma Tributária deve avançar no sentido de promover a sua progressividade pela redução da participação da tributação indireta que incide sobre o consumo;

5. A Reforma Tributária deve restabelecer as bases do equilíbrio federativo;

6. A Reforma Tributária deve considerar a tributação ambiental;

7. A Reforma Tributária deve aperfeiçoar e resgatar o papel da tributação sobre o comércio internacional como instrumento de política de desenvolvimento;

8. A Reforma Tributária deve fomentar ações que resultem em aumento da arrecadação, pela revisão das renúncias fiscais e aperfeiçoamento dos instrumentos de combate à sonegação e evasão.

A estruturação deste documento foi norteada por essas premissas, cuja análise é aprofundada pelos diversos artigos aqui apresentados após os dois tópicos introdutórios, descritos a seguir.

Por: EDUARDO FAGNANI Professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit-IE-Unicamp) e coordenador da rede Plataforma Política Social. www.plataformapoliticasocial.com Blog: http://fagnani.net/

Reforma Tributária a mãe de todas as reformas necessárias para o Brasil


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal debateu na terça-feira (12/06) o Projeto de “Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil”, elaborado pela Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Afimp) e pela Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), o documento visa fomentar a discussão com toda sociedade.

Considerada pelos especialistas como a “mãe de todas as reformas” que o País necessita para voltar a crescer e sair da crise, o documento apresenta sugestões que visa corrigir as “anomalias” do sistema tributário brasileiro. Segundo o levantamento destas instituições, 50% da carga tributária no Brasil vêm do consumo, enquanto a média nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 32%.

O Diretor Nacional de Comunicação da Nova Central Nailton Francisco de Souza (Porreta), acompanhou o caloroso debate entre os senadores e ficou impressionado com a informação de que no atual sistema de tributação o povo paga quase 50% de impostos no consumo de produtos e serviços, fator que aprofunda a desigualdade social.

“Na visão da Afimp e Fenafisco o ideal seria que o sistema tributário brasileiro, tivesse a correção progressiva por meio da tributação direta sobre os ganhos de capital, a renda e o patrimônio oculto dos mais ricos. Para eles, nenhum sistema tributário no mundo é perfeito. E que a simplificação dos tributos, da forma como tem sido discutida atualmente, está longe de representar a solução ideal, sobretudo porque fragiliza drasticamente as bases de financiamento das políticas sociais”, observa Nailton.

A Reforma Tributária Solidária tem gestão executiva da rede Plataforma Política Social e apoio do Conselho Federal de Economia (Cofecon), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da Fundação Friedrich-Ebert-Stiftung Brasil (FES), do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), do Instituto de Justiça Fiscal (IJF) e da Oxfam Brasil, todas entidades comprometidas com a justiça social.

Fruto do trabalho de mais de quarenta especialistas, o objetivo geral é oferecer subsídios e fomentar o debate informado sobre o sistema tributário brasileiro, por parte de sindicatos, associações, movimentos sociais, entidades de representação profissional e empresarial, partidos políticos, parlamentares e cidadãs e cidadãos engajados na construção de um projeto de país justo. Ao mesmo tempo, o trabalho tem como objetivo ser um norteador de futuras políticas públicas e propostas de reforma, sempre em consonância com os interesses sociais.

A experiência dos países mais desenvolvidos nos mostra que o sistema tributário não está dissociado do Estado de bem-estar social, por seus impactos na distribuição ou desconcentração da renda e na consequente melhoria das condições gerais de vida, razão primeira e última de uma nação civilizada. Ampliar a oferta pública de bens e serviços promove o desenvolvimento. Sob essa ótica, o sistema tributário nacional também deve estar adequado ao propósito de financiar e fortalecer a proteção social.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Agenda neoliberal em xeque nas eleições de outubro



Desde 1994, o PSDB tem participado do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras. Nesse processo, se tornou o maior representante da agenda liberal no país. Em 2018, porém, o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, tem mostrado um baixo desempenho das pesquisas de intenção de voto, o que gera tensões e questionamentos no interior de sua legenda.

Acadêmicos ouvidos pelo Brasil de Fato avaliam que há dificuldade para a agenda neoliberal sair vitoriosa em processos eleitorais. Para Olívia Carolino, mestre em Desenvolvimento Econômico e doutora em Ciência Política, a “primeira ofensiva neoliberal”, ocorrida nos anos 1990 na América Latina, foi combatida nos anos 2000 através da eleição de “governos progressistas" pela região, em um processo que pode ser compreendido como rechaço popular aos efeitos de “desnacionalização, privatização e dolarização da economia”.

Uma pesquisa recente indica este rechaço: segundo o Datafolha, mesmo estando no centro de diversas polêmicas, 55% da população é contra a privatização da Petrobras.

“Esse pacote foi rejeitado pelo movimento popular na América Latina. O neoliberalismo hoje não promete nada. Promete desemprego, que as pessoas não irão se aposentar. Promete privatização da energia, a entrega do petróleo. Essa nova ofensiva neoliberal tem como meta limpar qualquer possibilidade de reação popular que possa responder aos seus efeitos. Por isso esse ataque à democracia e o estreitamento das margens democráticas”, diz.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Trabalhadores do setor de manutenção exigem solução de seus problemas


Os membros da Comissão de Negociação do setor de manutenção da Campanha Salarial 2018 do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário de São Paulo (SINDMOTORISTAS), se reuniram segunda-feira (4/05) na sede central da entidade para debater os principais problemas já identificados que muita penaliza os trabalhadores (as) nas garagens de ônibus.

De acordo com Nailton Francisco de Souza (Porreta), nomeado coordenador geral da comissão pelo presidente Valdevan Noventa, as principais reclamações são: funcionários fora de função; demora na promoção funcional; defasagem salarial; falta de piso salarial; punições excessivas; não fornecimento de ferramentas; desrespeito as normas de saúde e segurança no trabalho; ausência de folga dupla, dentre outras.

“Durante a eleição de renovação da diretoria do sindicato, fiz assembleias com os funcionários (as) da manutenção na Viação Campo Belo I e II, VIPs (M’ Boi Mirim, de Pinedo, Itaim, Iguatemi), Via Sul (Cursino, Taboão e Leste), Transkuba, Gatusa, Express e, em todas, constatamos um clima de revolta devido a falta de ações para solucionar as demandas do setor. Recebemos sinal verde da diretoria e do presidente Noventa para em 60 dias colocar a casa em ordem”, garante Nailton.

Para enfrentar os obstáculos, que com certeza as empresas irão criar, será feito um levantamento minucioso de todos os problemas garagem por garagem. Todo caso relacionado ao descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) serão pautados em 72 horas.

“O Sorriso presidente em exercício, disse que acompanhará as reuniões nos locais de trabalho, nos autorizou em fazer jornal específico, plenárias regionais e assembleias do setor de manutenção para que possamos intensificar a mobilização e nos apoiará integralmente nesta importante e necessária luta contra os abusos dos patrões”, afirma Porreta.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Vitória histórica de Valdevan Noventa enterra sonho de seus adversários


Reeleito com 16.365 votos pela Chapa 1 – a Chapa da Verdade e das Conquistas, o presidente Valdevan Noventa entra para a história do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS), como o campeão de votos e enterra de vez o sonho de seus adversários que almejavam voltar comandar a entidade.

Inconformados com a humilhante derrota, os candidatos da Chapa 3 e 4 se uniram desesperadamente para tentar anular o pleito da Justiça. Esta prática de recorrer e tentar ganhar no “Tapetão” expõe, além de fraqueza, o lado antidemocrático dos perdedores que insistem não aceitar o resultado e a vontade dos trabalhadores (as).

“Obtivemos uma vantagem histórica, jamais vista em eleição do Sindicato. Creditamos esta importante vitória ao trabalho sério, transparente, honesto pautado pela verdade. Desde que assumi o mandato, em 2013, me preparei e esforcei para superar os obstáculos e colocar a casa em ordem. Quem se dedica e respeita a categoria é recompensada na hora do voto”, afirmou Noventa.

Que fez uma campanha direcionada: na defesa do emprego dos cobradores; de melhorias nas condições de trabalho no setor de manutenção; de valorização permanente dos benefícios e salários de seus representados; democratizar a representação no local de trabalho; fazer os patrões cumprir a Convenção Coletiva de Trabalho; não permitir a nova Lei Trabalhista; zelar e ampliar o patrimônio dentre outros projetos.

De acordo com Noventa, sua próxima gestão atuará firme no debate de temas gerais da classe trabalhadora. “Defendo a participação e engajamento da classe trabalhadora na política nacional. Necessitamos ter legítimos representantes em todas as esferas de poder deste País. Para isso, precisamos de muita unidade e fazer a escolha certa nas eleições gerais deste ano”, disse.