Ônibus
queimados amedronta trabalhadores e prejudica população
Desde o início do ano, 32
ônibus foram incendiados na capital, e prejudicou mais de 500 mil passageiros. Com
os atentados, a vida dos trabalhadores (as) das empresas de ônibus e
passageiros do extremo sul, zona oeste e leste, que já era ruim, pioraram
significativamente, sendo que muitos deles ocorrem em regiões onde acabaram de
acontecer confrontos entre policiais e bandidos.
Uma usuária resumiu com
propriedade ao ser questionada, se já teria sido afetada pela onda de ataques. “Com
certeza. Não é a primeira vez que isso acontece. Algo precisa ser feito...”,
implorou indignada a auxiliar administrativa, Carolina Bissochi, 32 anos.
Só após ampla cobertura da
imprensa, paralisações de algumas linhas e denúncia do sindicato dos
empresários (SPUrbanuss), de ter feito o mapeamento das áreas perigosas e
enviado à polícia no início de janeiro, que por sua vez não fez nada para
evitar as ocorrências, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), apresenta uma
proposta para solucionar o problema.
O comandante da Polícia
Militar (PM), Benedito Meira, afirmou que o plano consiste em colocar a Tropa
de Choque, a Rota e homens da corporação à paisana nos coletivos para flagrar
os criminosos que cometem os delitos, e também orientará motorista e cobradores
a como agir em caso de ataque.
Segundo o presidente da
SPUrbanuss, Francisco Cristovam, o principal problema é que existe uma sensação
de “impunidade” por parte dos criminosos. Que os incêndios não são só
provocados por “bandidos”, mas por “pessoas” que querem protestar e atrair os “holofotes”
da mídia.
Cristovam analisa a situação
com muita preocupação, disse que os empresários vê “descaso imenso da polícia”,
que mesmo com o mapeamento em mãos, nada fizeram e deixou tudo na promessa. “Nós
temos que compreender o medo de nossos motoristas, que evitam ir até o destino
final, por insegurança”.
Disse que a série de
atentados contra ônibus já custou cerca de R$ 16 milhões às concessionárias de
transporte público, e estima o custo de cada coletivo, em média, R$ 500 mil.
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