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domingo, 24 de novembro de 2013

Não bastasse às críticas maldosas, ainda apresentou uma receita

Sindicatos no Brasil: Como administrar em cenários de constantes mutações?

No geral, a imprensa do país ignora o poder de mobilização e lideranças dos sindicatos e centrais sindicais. O “Dia nacional de Luta” foi interpretado como uma tentativa dos sindicalistas “correrem atrás de tempo perdido”, e arreboque dos protestos de junho liderados pelo MPL – Movimento Passe Livre – que conseguiu anular o aumento de tarifas do metrô, trens e ônibus.

Os movimentos de rua clamaram por mudanças profundas na política em geral, reivindicou além do não reajuste nas tarifas de transportes, a melhoria na educação, saúde pública – com apoio a propostas de destinar ao setor parcelas crescente do PIB (Produto Interno Bruto), até alcançar 10% em 2020. Hoje se investe algo entre 5% e 6%, nível similar ao de países desenvolvidos.

Disseram que pela inércia, provocada após a chegada de um operário na Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), a maioria dos sindicatos deixou de lutar. A consequência foi perda de apoio popular, obtido durante década de 1970 e 1980. O principal motivo foi “domesticado”, agraciados com cargos e benefícios pelo imposto sindical obrigatório.

Editorial do jornal Agora, de 13 de junho, afirmou que “hoje os sindicatos continuam, como na época do ditador gaúcho, muito controlados pelo governo e por partidos... Os sindicalistas viram que estavam ficando ainda mais ultrapassados e resolveram fazer barulho, obstruindo rodovias e promovendo atos em todas as capitais...”.

De acordo com o presidente da Nova Central – SP, Luiz Gonçalves (Luizinho), não bastasse às críticas maldosas, ainda apresentou uma receita de que se quisermos recuperar o “prejuízo”, precisaríamos nos aproximar mais dos trabalhadores (as) e mostrar mais “independência em relação ao poder”.

“Entendo que do ponto de vista do conhecimento, o sindicalista precisa está totalmente preparado. Os trabalhadores (as) sentem falta de representantes com habilidades e atitude. Habilidade para transitar em diversos cenários e operar em situações difíceis – bem como habilidade para trabalhar em equipe e liderar de forma satisfatória e com atitudes coerentes”.

Em sua opinião a questão da transparência é fundamental. E as demandas das mais variadas categorias podem contribuir para o aprimoramento dos serviços disponibilizados – pelas entidades sindicais.


“Vejo que por meio das críticas e sugestões, se consegue identificar o que de fato funciona e que precisa ser replicado para outros setores. Dessa forma, a cobrança dos trabalhadores (as) levará ao desenvolvimento de um sistema mais eficaz de prestação de contas e responsabilização”, afirmou.

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