O Plano Diretor Estratégico
(PDE) de São Paulo, proposto pela Prefeitura e em tramitação na Câmara
Municipal, busca corretamente desatar o nó da mobilidade urbana e estimulará a
produção habitacional nos eixos onde há oferta de transporte público, visa
melhorar sua qualidade e garantir habitação para as populações de baixa renda, com
o aperfeiçoamento do instrumento das Zonas Especiais de Interesse Social.
A distribuição coordenada de
moradia e atividade econômica deverá contribuir para diminuir o trânsito,
reduzir perdas econômicas e melhorar a qualidade de vida. O incentivo à
produção de moradias menores com menos vagas de garagem, barateará o custo da
unidade habitacional e facilitará o acesso à casa própria para mais famílias.
É preciso haver uma gestão
eficiente da ocupação territorial. Trata-se de organizar a cidade de forma mais
compacta, reduzindo a distancia entre casa, comercio e trabalho, sem descuidar
de ciclovias e calçadas amplas. Tendências de lançamento de grandes
empreendimentos que agregam uso comercial, residencial e serviços.
Ideias do Plano Diretor da
capital prevê adensar áreas da cidade onde já existe boa rede de transporte e
infraestrutura. Com sua aprovação, uma nova forma de organização produtiva no
município será viabilizada, com empregos melhor distribuídos, diminuição dos gargalos
e ampliação da conexão entre as empresas e os distintos setores de atividade
econômica.
A chamada Estruturação
Metropolitana será a primeira inovação proposta pela revisão do PDE. Nela áreas
no entrono das avenidas Jacu-Pêssego e Cupecê receberão uma série de incentivos
que permitirão novos investimentos e a atração de empregos para regiões de alta
densidade populacional e com baixa presença das empresas.
Os Eixos de Estruturação da
Transformação Urbana é a segunda grande inovação com o direcionamento e indução
das novas dinâmicas demográficas e econômicas da cidade junto aos eixos de
transporte coletivo de alta e média capacidade, tanto os existentes como os que
serão construídos.
Um novo padrão de mobilidade
é prioridade absoluta do novo plano e os eixos de transporte coletivo passarão
a ser o principal elemento de conexão e integração funcional e serão os locais
preferenciais para o adensamento populacional e econômico da cidade. Estes
eixos estruturadores garantirão as condições necessárias para este novo padrão.
A municipalidade propõe
incentivar o uso público da rua como local de convívio. Nessa nova dinâmica
passam a valer também novos parâmetros, que irão conferir qualidade urbanística
para essas áreas. Como estão junto de infraestruturas de transporte público, as
vagas de garagem serão desinsentivadas e os empreendimentos deverão ter “fachadas
ativas” com usos de fruição pública.
Em várias metrópoles do
mundo, como Nova York, o uso do carro é desestimulado em certas regiões. A descabida
legislação paulista exige um número mínimo de vagas de garagem mesmo em prédios
ao lado de metrô, e ruas comerciais muitas vezes têm uma faixa transformada em
estacionamento.
Reorganizar o espaço urbano
e aproximar as pessoas do emprego, da educação e do lazer e reduzir a
necessidade de transporte motorizado é prioridades contidas no Projeto de Lei
apresentado em setembro por Haddad. A grande mudança apresentada pela revisão
do PDE trata dos mecanismos para garantir a função social da propriedade e, ao
mesmo tempo viabilizar a produção de habitação social e amenizar seu déficit.
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