Centrais
exigem menos juros e mais empregos decentes
As entidades escolheram o
dia 26 para a mobilização devido ao calendário do Copom (Comitê de Política
Monetária), que nesta semana realiza a última reunião do ano que definirá o
índice da Taxa Selic. O diretor de relações parlamentares da Nova Central,
Gonzaga Negreiros, que no ato representou o presidente José Calixto Ramos,
disse que os trabalhadores (as) exigem “mudanças urgentes” na política
monetária do governo, caracterizada por “sucessivos aumentos na Taxa Selic”,
que só interessam aos “bancos”, que têm seus lucros cada vez maiores, e
favorecem o “capital especulativo”.
No entendimento dos
sindicalistas, com a taxa de juros elevada, bancos e instituições financeiras
passam a receber uma remuneração maior pela aplicação de seus ativos em títulos
da dívida pública. E se beneficiam ainda mais com a elevação das taxas cobradas
nas operações de crédito e empréstimo. Em outubro deste ano, o Copom elevou a taxa
básica de juros de 9% para 9,5% ao ano. É o quinto aumento seguido desde abril.
Em sua fala, o secretário de
comunicação da Nova Central – SP, Nailton Francisco de Souza, garantiu que as
manifestações continuarão até que a presidenta Dilma Rousseff, abra a discussão
com as centrais sobre a pauta trabalhista.
“Dentre as reivindicações estão o
reajuste da tabela do Imposto de Renda, a revogação do Fator Previdenciário, a
extinção do projeto de Lei que amplia a Terceirização, aposentadoria decente,
contra as mudanças que o governo pretende fazer no seguro-desemprego, dentre
outras”.
De acordo com Nailton,
baixar os juros, é o caminho seguro para incentivar o crescimento econômico,
garantir mais verbas para investir na educação, saúde e mobilidade urbana. Que
se as reivindicações forem plenamente atendidas, fica garantido o desenvolvimento,
com “cidadania e valorização do trabalho”.
“Mais investimentos
públicos, gera inclusão social, cria-se empregos e trabalho decente, além de ampliar
a renda dos trabalhadores (as). Com isso consumiremos mais, teremos mais
produção, mais e melhores empregos, consequentemente, fortalecerá a política de
distribuição de renda no Brasil”.
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