Após
os dados serem atualizados a verdade veio à tona e revelou que, na realidade, a
criação de empregos formais foram 75.883. Ou seja, menos 46,81% na comparação
com o número divulgado pelo governo Bolsonaro. A confusão, além de induzir ao
erro, reafirma uma prática em governos com tendências autoritárias de manipular
dados.
Em
2020, eles fizeram uma mudança na metodologia do Caged que fez com que os dados
recentes não possam mais ser comparados à série histórica de anos anteriores. E
o novo cálculo passou a considerar outras fontes de informações, que segundo
analistas gera impacto porque, a declaração dos vínculos temporários à pesquisa
do Caged é opcional – mas a inserção no eSocial é obrigatória.
Na
tentativa de justificar o erro, Ministério do Trabalho e da Previdência, recriado
em julho deste ano, informou que a diferença no saldo de empregos criados se
deve a um aumento no número de declarações de contratação e demissão realizadas
fora do prazo pelas empresas e que essa alta é provocada pelo processo de
transição das declarações para o eSocial.
A realidade
para que procura um emprego é desesperadora. De acordo com os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), e o desemprego se mantém em patamar elevado e
aumenta o número de trabalhadores e trabalhadores sem direitos garantidos na
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A
taxa de desemprego do trimestre encerrado em julho foi de 13,7% em comparação
ao trimestre anterior. Isso significa 14,1 milhões de pessoas em busca de um
emprego no país. Embora a taxa do desemprego tenha recuado em relação ao
trimestre encerrado em abril (14,7%), a maioria dos brasileiros continua sem um
emprego decente.
O total dos sem direitos
garantidos pela CLT são mais de 71,6 milhões. Confira:
.
25 milhões de brasileiros estão trabalhando por conta própria,
.
36,3 milhões são informais, e,
.
10,3 milhões trabalham sem carteira assinada.
Segundo
o IBGE, o número de trabalhadores por conta própria bateu recorde histórico, desde que a PNAD
começou a ser feita em 2012. A alta foi de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas)
ante o trimestre anterior e 17,6% (3,8 milhões de pessoas) na comparação anual.
O
número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,3 milhões)
subiu 6 % (587 mil pessoas) no trimestre e 19% (1,6 milhão de pessoas) no ano.
Já
a taxa de informalidade subiu de 39,8% para 40,8% da população ocupada. São
36,3 milhões de trabalhadores informais. No mesmo período do ano passado a taxa
era de 37,4%.
A
população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas é de 7,7 milhões de
pessoas - recorde também da série
histórica, com altas de 7,2% ante o trimestre anterior (520 mil pessoas a mais)
e de 34,0% (2,0 milhões de pessoas a mais) frente ao mesmo trimestre de 2020.
A
taxa de desemprego atual é de 13.2%.
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