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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Inquisidores de Curitiba não se contentavam apenas em condenar sem provas!


A falta de respeito e o grau de crueldade cometida pelos procuradores da Lava Jato, em relação às perseguições ao ex-presidente Lula, cada dia que passa é desvendada pelas reportagens do Site The Intercept que mostra o quando o ódio e a falta de profissionalismo contaminaram as mentes e os corações dos que deveriam atuar de forma isenta no cumprimento de seus deveres.

Para os inquisidores de Curitiba, condenar e prender sem provas não eram o suficiente para satisfazer seus desejos de crueldades. Seu algoz tinha que ser humilhado e torturado psicologicamente, principalmente, ao perder um ente querido da família, como aconteceu nos falecimentos de sua esposa, irmão e neto, onde os abutres comemoravam o sofrimento alheiro, da mesma forma que os torcedores zombam da derrota do time adversário.

Os novos trechos de conversas entre eles, revelados terça-feira (27/08), que tratam sobre a morte de seus familiares, causou indignação e repulsa em Lula, que mesmo assim, mostrou que é um ser humano fantástico e que não guarda ódio e nem rancor e pediu para Deus iluminar o caminho e poupar a alma de seus desafetos, pelas injustiças cometidas contra sua pessoa.

A procuradora Laura Tessler debocha da dor e dispara o seguinte comentário: “Só falta dizer que a Lava Jato implantou 10 anos atrás um aneurisma na cabeça da mulher… Milhares de pessoas morrem de AVC no mundo… Isso faz parte do mundo real e pronto”. Em outro trecho dispara, “Ridículo… Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula”.

Em seguida, seu chefe Deltan Dallagnol, fala sobre Lula: “Bobagem total, ninguém mais dá ouvidos a esse cara”. Ao saber da morte de Vavá, o coordenador da Lava Jato escreveu no grupo “Filhos de Januário” formado pelos procuradores: “Ele vai pedir para ir ao enterro. Se for, será um tumulto imenso”.

Entra na conversa o procurador Athayde Ribeiro da Costa: “Acho que tem que autorizar a saída. Ou, como disse um de nós, leva o morto lá na PF”. Januário Paludo dá o tom de como Lula era tratado pelos carrascos da Lava Jato: “O safado só queria passear”.

Na morte de Arthur, seu neto de sete anos, Roberon Pozzobon ironizou a reação de Lula no velório abraçado aos parentes: “É tudo uma estratégia para se humanizar, como se isso fosse possível no caso dele”.

Ao saber das indelicadas conversas, Lula ase posicionou da seguinte forma: "Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes: minha esposa Marisa, meu irmão Vavá e meu netinho Arthur

Confesso que foi um dos mais tristes momentos que passei nessa prisão em que me colocaram injustamente. Foi como se tivesse vivido outra vez aqueles momentos de dor, só que misturados a um sentimento de vergonha pelo comportamento baixo a que algumas pessoas podem chegar.

Há muito tempo venho dizendo que fui condenado por causa do governo que fiz e não por ter cometido um crime sequer. Tenho claro que Moro, Deltan e os procuradores agiram com objetivo político, pois me condenaram sem culpa e sem prova, sabendo que eu era inocente.

Mas não imaginava que o ódio que nutriam contra mim, contra o meu partido e meus companheiros, chegasse a esse ponto: tratar seres humanos com tanto desprezo, como se não tivessem direito, no mínimo, ao respeito na hora da morte. Será que eles se consideram tão superiores que podem se colocar acima da humanidade, como se colocam acima da lei?

Peço a Deus que ilumine essa gente, que poupe suas almas de tanto ódio, rancor e soberba. Quanto aos crimes que cometeram contra minha família e contra o povo brasileiro, tenho fé que, deles, um dia a Justiça cuidará”, escreveu o ex-presidente.


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