Como
a maioria das empresas de ônibus urbano de São Paulo, opera com escalas
adversas que provoca jornada de trabalho prolongada, excesso de horas extras,
baixos salários, defasagem de funcionários. Fatores estes, que causam desgaste
a saúde do trabalhador e ocasionam possíveis acidentes de trabalho, fadiga,
lesões por esforços repetitivos - LER, Estresse, Problemas na coluna, Doenças
do estômago, problemas mentais, etc.
Problemas
como: o excesso de calor e barulho nos ônibus de motor dianteiro, as péssimas
condições de trabalho nos galpões da manutenção, a violência urbana e de
trânsito que enfrentada no dia-a-dia por estes profissionais (motoristas, cobradores
e funcionários (as) da manutenção), as perseguições e pressões praticadas por
chefias reacionárias, também contribuem e muito para piorar o ambiente de
trabalho.
Para
corrigir estas falhas, a Secretaria dos Trabalhadores da Manutenção em conjunto
com a Secretaria de Saúde do Trabalhador, do Sindicato dos Motoristas – SP
propõem criar um Plano de Ação em Defesa da Segurança e Saúde do Trabalhador
(PADST), com o objetivo de fornecer informações para os militantes, cipeiros, diretores
e delegados sindicais , sobre questões que dizem respeito à segurança e saúde
dentro fora das garagens de ônibus, pontos iniciais e finais, terminais e
corredores exclusivo para ônibus.
“Queremos
também, com este PADST, divulgar o conhecimento obtido ao longo dos anos de
luta e conquistas que já obtivemos em nossa categoria e também usar nossa
experiência para ampliar ainda mais o nosso espaço nas instituições ligadas a
áreas de segurança e saúde do trabalhador em nossa cidade”, afirma Nailton
Francisco de Souza (Nailton Porreta), representante dos trabalhadores da manutenção
na Chapa 1.
Em
sua opinião, a luta em defesa de melhores condições de trabalho, tem que ser
uma ação organizada “pelos próprios trabalhadores” que possuem sempre em mente
seus interesses “completamente antagônicos” com os dos patrões que usam
diversos artifícios para continuar a “explorar os trabalhadores (as) para
aumentar seus lucros”.
“Os
nossos representantes nos locais de trabalho, também são alvos predileto de
perseguições e demissões por parte dos patrões, que trocam a democracia por
repressão, por isso, nossas respostas à exploração e a repressão têm que ser
bem ativa e organizada. Tudo isso, só será possível quando implantarmos nosso
plano de ação com vários temas”, garante Nailton.
Principais propostas:
Ø Elaborar
Política de Seguranças e Saúde do Trabalhador (PSST);
Ø Combater
os perigos à segurança e saúde nas garagens;
Ø Quando
houver acidentes graves ou fatais, acionar o Sindicato;
Ø Criar
uma central de reclamações no Sindicato;
Ø Investir
em cursos, como por exemplo, realização do "Mapa de Riscos";
Ø Preparar
os cipeiros para as reuniões da CIPA;
Ø Convocar
as empresas em mesa redonda;
Ø Formar
grupos de fiscalização das condições de trabalho;
Ø Conhecer
todos os fatores que adoecem os trabalhadores;
Ø Planejar
nossas ações sempre em conjunto.
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