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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Deputado Valdevan Noventa é contra MP 905 que só favorece patrões!


Com pretexto de estimular empregos, o governo Bolsonaro enviou ao Legislativo a Medida Provisória (MP 905/2019), que visa instituir o “Contrato Verde e Amarelo” para reduz impostos do empregador e taxar o trabalhador (a) que precisa sacar seguro-desemprego, além de redução da multa do empregador em caso de demissão sem justa causa de 40% para 20% do FGTS, além da redução da contribuição da empresa para esse fundo, de 8% para 2%.

De acordo com o deputado federal Valdevan Noventa, que já se posicionou contra a proposta, a MP também acaba com a contribuição para o Sistema S e tornam menos rígidas algumas regras trabalhistas em benefício dos patrões, por limitar algumas competências dos fiscais da Justiça do Trabalho, que não poderão embargar alguma atividade de uma empresa em caso de irregularidades e passa a decisão à autoridade máxima regional do Executivo, que é indicada por critérios mais políticos do que técnicos.

Considera a MP um verdadeiro absurdo, que entre outras inovações, modifica o modo de ação dos fiscais trabalhistas. Que ao invés de multar empresas com irregularidades, serão estimulados a orientá-las para não persistir na ilegalidade ao criar um novo tipo de fiscalização, chamado de: “Inspeção Modelo”.

“Estive juntamente com outros colegas deputados e dirigente de centrais sindicais em audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Na oportunidade ampliamos debatemos sobre os efeitos negativos da Medida Provisória que visa rebaixar direitos a pretexto de estimular o primeiro emprego de jovens de 18 a 29 anos. Esta iniciativa é uma nova Reforma Trabalhista que visa precarizar mais ainda o mercado de trabalho”, diz Valdevan.

E repudia o fato de que o valor do salário a ser pago nessa modalidade de contrato poderá ser diferente daquele fixado para a categoria em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho ou aquele estabelecido em lei. Com isso, dois trabalhadores que exercem a mesma função poderão ter salários diferentes. Pela medida em análise, o jovem, em tese, perde o direito à equiparação salarial.

“Se esta MP prosperar e for para votação em plenário, votarei contra. Parecer do Dieese aponta dezenas de maldades como: a modalidade de contrato de trabalho precário; aumento da jornada de trabalho, que pode resultar em aumento do desemprego; enfraquece os mecanismos de registro, fiscalização e punição às infrações; fragiliza as ações de saúde e segurança no trabalho; reduz o papel da negociação coletiva e da ação sindical, dentre outras mazelas que querem impor à classe trabalhadora”, alerta Noventa.

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