Powered By Blogger

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Ex-secretário de Alckmin e mais 13 são denunciados e acusados de fraude em obra do Rodoanel


Preso desde junho sob suspeita de favorecer empreiteiras na obra do trecho norte do Rodoanel, o ex-secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB) Laurence Casagrande Lourenço foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta sexta (27/07) acusados de fraude a licitação, associação criminosa e falsidade ideológica.

Lourenço, que ocupou a pasta de Logística e Transportes e foi presidente da Dersa (estatal paulista de transportes), é investigado por suposto envolvimento na assinatura de aditivos contratuais que favoreceram de forma fraudulenta as empreiteiras OAS, e Mendes Júnior e Isolux.

Na denúncia, a Procuradoria aponta fraude nos lotes 1, 2 e 3 do Rodoanel norte e diz que houve superfaturamento de R$ 480 milhões "por meio da manipulação proposital de quantitativos nos contratos". O órgão informou que dará continuidade às investigações sobre os lotes 4 e 5.

Além dele, outras 13 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-diretor de Engenharia da Dersa Pedro da Silva, que assumiu o cargo na estatal após a saída de Paulo Vieira da Souza, conhecido como Paulo Preto, que também é investigado na Lava Jato sob suspeita de operar propina para o PSDB.

Os procuradores pedem a abertura de um inquérito em separado para apurar suspeitas de corrupção e crimes financeiros. Se a denúncia for acolhida pela Justiça Federal, os suspeitos passarão à condição de réus em processo criminal. Lourenço e Silva estão detidos em regime de prisão preventiva. Eles já haviam sido indiciados pela Polícia Federal no último dia 5/07.

De acordo com os investigadores, os dois foram os responsáveis por adendos que estabeleceram desnecessariamente trabalhos de retirada de blocos de rochas (matacões, no jargão técnico).

Ao ser preso, Lourenço presidia a Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Após a operação da PF, deixou o posto.

No Ministério Público Federal, a Pedra no Caminho é tocada pela força-tarefa da Lava Jato e considerada parte da operação, embora a Polícia Federal entenda que o caso é autônomo em relação à investigação iniciada em Curitiba.

Os procuradores afirmam na acusação que Pedro da Silva propôs a modificação de planilhas de preços e serviços da obra sem ter justificativa. 

Já Lourenço, segundo a Procuradoria, autorizou em reunião extraordinária a modificação dessas planilhas e celebrou os termos aditivos.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07.

Nenhum comentário:

Postar um comentário