Os que não souberam ou não
responderam somaram 2,7%. Quando questionados sobre a maneira como Bolsonaro
lida com o seu trabalho, 53,9% dos entrevistados disseram que desaprovam e 23%
aprovam. Ao todo, 20,2% consideram regular e 2,9% não souberam ou não
responderam.
Foram entrevistadas 1.295
pessoas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para
celulares. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 a 21 de outubro. A margem
de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
O sociólogo Marcos Coimbra,
presidente do Instituto Vox Populi, criticou, o anúncio do Auxílio Brasil, que,
segundo ele, busca somente reeleger Jair Bolsonaro. Contudo, mesmo após os
benefícios serem pagos, a população não será convencida de que o governo
realmente se importa com ela, prevê o sociólogo.
O alto investimento no
auxílio emergencial não foi suficiente para ampliar as intenções de voto de
Bolsonaro no passado. Nas pesquisas divulgadas no início deste ano, ele
registrava metade dos votos projetados para o ex-presidente Lula, lembrou o
sociólogo.
“Então, 400 bilhões de reais
aplicados ao longo de 2020 colocaram o Bolsonaro nesse lugar. Metade da
intenção de votos do Lula e o pior desempenho de um presidente em período
comparável. Em outras palavras, estou tentado a dizer que não adiantou em nada
para ele”, afirmou Coimbra, que esclarece que o
Bolsa Família, iniciado pelo governo Lula, jamais possuiu algum caráter
eleitoreiro.
“Ao contrário de Lula
primeiro e Dilma depois, para quem o Bolsa Família não era um truque para
melhorar a popularidade. Essa manchete nunca saiu na imprensa brasileira ou
mundial durante os 14 anos em que Lula e Dilma estiveram à frente da
presidência da República. Porque? Por que não era verdade. Eles nunca fizeram
Bolsa Família para melhorar nas pesquisas, para ver se fica popular. Portanto,
estamos num cenário completamente diferente: gasta muito, o resultado é ruim,
considerando o que ele queria. Ele fez isso, e está querendo fazer de novo,
para melhorar nas pesquisas”, avaliou.
Em sua opinião a população
sabe diferenciar entre ações genuínas de apoio e aquelas que visam o benefício
de políticos, especialmente considerando o tradicional desdém pelos pobres
expressado pelo atual governo:
“É uma coisa tão escancarada
que é um governo com baixíssimo interesse real na vida das pessoas e nas
dificuldades que elas passam. Esse ministro da Fazenda não cansa de dar
declarações que expressam o que ele e a turma do governo Bolsonaro pensam.
Estão pouco se lixando. Se tivesse dependido deles no ano passado, o auxílio ia
ser de 150 reais, e olhe lá. A falta de compromisso efetivo com bem-estar,
qualidade de vida, direitos humanos, direitos sociais das pessoas pobres é
óbvia”, complementa.
Fonte:
https://www.brasil247.com
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