A alta da alimentação em
domicílio chega a 17%, com destaque para produtos como arroz (33%), carnes
(31%), ovos (14%) e leites e derivados (12%). Pesquisa Datafolha realizada de
13 a 15 de setembro, com 3.667 brasileiros em 190 municípios, apontou que 85%
dos brasileiros reduziram o consumo de algum alimento desde o começo do ano.
Segundo o levantamento, 67%
cortaram o consumo de carne vermelha; 51% o de refrigerantes e sucos e 46% o de
leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães apareceram com
41% de redução. Os números foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo.
Outros itens, como arroz,
feijão e macarrão, estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da
população, respectivamente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos. Uma das consequências da alta no preço das carnes foi o
aumento do consumo de ovos: 50% das pessoas aumentaram o consumo do produto e
20% reduziram.
Para 69% dos brasileiros, a
situação econômica do país piorou nos últimos meses. O número está próximo dos
maiores patamares já registrados nos levantamentos em que esse questionamento
foi feito. E representa o dobro da pesquisa anterior. Em 2019, 35% da população
considerava que a situação econômica tinha piorado. Mesmo entre apoiadores do governo, prevalece a
opinião negativa. Para 31%, a economia melhorou, para 36%, piorou. Para 32%,
ficou como estava.
O Brasil vive um conjunto de
crises combinadas, com crise hídrica, desemprego elevado, estagnação, inflação,
carestia dos preços dos alimentos, juros e aluguéis altos. Além
dos problemas econômicos propriamente ditos, as ameaças golpistas de Bolsonaro
contra a democracia também contribuem para derrubar a Bolsa e para a alta do
dólar.
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