Os números apontaram que
notificações por efeitos adversos associados ao uso da cloroquina aumentaram de
139 em 2019 para 916 em 2020, alta de 558%. No mesmo período, a quantidade de
notificações referentes a todos os medicamentos saiu de 8.587 em 2019 para
19.592 no ano seguinte, aumento de 128%.
Do total de eventos adversos
notificados, 96% estavam no Amazonas, um dos estados que mais sofreram com a
pandemia, chegando a faltar até tubos de oxigênios em unidades de saúde. Entre
os principais efeitos adversos notificados estão: distúrbios dos sistemas
nervoso, gastrointestinal, cardíaco e psiquiátrico.
Gerente-geral de
Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária da Anvisa, Suzie
Gomes reforçou que o "único produto autorizado na Anvisa para o tratamento
da doença Covid-19 é o Remdesivir, que pode ser administrado no ambiente
intra-hospitar".
"É importante frisar
que nenhum medicamento é isento de riscos. E esses riscos podem ser agravados
pelo uso indiscriminado e sem orientação profissional. Isso vale para todos os
medicamentos", disse. "A avaliação dos possíveis eventos adversos é
uma rotina da área de farmacovigilância e compõe uma etapa importante da
avaliação de segurança, mas não é a única".
Ministério
recomendou cloroquina
Em janeiro, usuários do
Twitter criaram perfis fictícios para acessar o aplicativo do ministério da
Saúde, então comandado pelo general Eduardo Pazuello, e constataram que a
plataforma receitou a cloroquina contra a Covid-19, diferentemente do que havia
dito o general.
Pessoas que nem sabiam se
estavam com a doença receberam como sugestão o uso do remédio, que também valeu
até para recém-nascido.
Estatísticas
da pandemia
De acordo com a plataforma
Worldomters, que disponibiliza dados globais sobre a pandemia, o Brasil registrou,
até o momento, 12,9 milhões de casos de coronavírus, número que só é inferior
ao dos Estados Unidos (31,4 milhões). O governo brasileiro também contabilizou
a segunda maior quantidade de óbitos (331 mil). Os EUA têm o contingente de
mortes mais alto (568 mil).
No sábado (3), o Brasil
chegou a 19.182.802 de pessoas que tomaram a primeira dose de vacina contra a
Covid-19. Do total, 5.342.361 pessoas receberam a segunda dose, o que
representa 2,52% da população com a imunização completa.
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