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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Covid-19: Brasil chora 250 mil mortos. Mundo tem queda de casos e óbitos

Um ano após o registro do primeiro caso de Covid-19 no país, a população vive uma tragédia sem precedentes na história recente, com a perda de mais de 250 mil vidas brasileiras. A negligência de Jair Bolsonaro deixa um doloroso saldo que equivale a cinco vezes as vítimas da Guerra do Paraguai. O conflito durou seis anos. Nesta quarta-feira (24), o Brasil registrou 250.036 óbitos. Em um dia, o país perdeu 1.390 vidas e registrou a terceira maior média móvel desde o surgimento da doença.

“Tínhamos tudo para ter enfrentado de frente a pandemia e salvado vidas. Hoje temos 250 mil mortos e uma política genocida que nos coloca em um dos últimos lugares no combate mundial à pandemia”, disse o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), em inflamado discurso na Câmara, na noite desta quarta-feira (24). “Bolsonaro deve ser responsabilizado”, reagiu Padilha.

O deputado e ex-ministro da Saúde criticou duramente a lentidão das vacinações enquanto o país perde mais de mil vidas todos os dias. “É irresponsabilidade de Bolsonaro e Pazuello o número de apenas 6 milhões de vacinados, uma vez que o Ministério da Saúde rejeitou a oferta de 70 milhões de doses de Pfizer”, acusou Padilha. “Poderíamos ter os profissionais da Saúde e da educação vacinados neste momento. Bolsonaro é culpado”, sentenciou.

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, das dez maiores médias móveis de óbitos em toda a pandemia, seis foram registradas em 2021. Com a vacinação engatinhando e o aparecimento de novas cepas do vírus em várias regiões, o quadro deve piorar, avaliam especialistas. “Neste momento, o Brasil é o maior laboratório a céu aberto onde se pode observar a dinâmica natural do coronavírus sem qualquer medida eficaz de contenção”, observa o neurocientista Miguel Nicolelis.

A análise dos números  de fato revela um quadro desolador: somente em 2021, portanto, em menos de dois meses, o Amazonas ultrapassou o total de mortes do ano passado no estado. Foram 5.288 óbitos neste ano e 5.285 em 2020. UTIs da rede pública e privada de várias capitais e cidades menores entraram em colapso.

Devastação épica

“Todo o mundo vai testemunhar a devastação épica que o SARS-CoV-2 pode causar quando nada é feito de verdade para contê-lo”, advertiu Nicolelis, recentemente, pelo Twitter.

“Além de os dados já apontarem para uma piora com relação ao momento mais crítico de 2020, a tendência é de aumento dos índices epidemiológicos”, alerta o matemático da Unesp, Wallace Casaca. “Existe o temor da circulação de novas cepas, mais agressivas e que com maior capacidade de disseminação”, declarou Casaca, em depoimento ao ‘Estado de S. Paulo’. Wallace é um dos responsáveis pela plataforma SP Covid-19 Info Tracker.

Mesmo em quadro de estabilidade, o número de mortes segue alto por aqui, com uma variação de 4%. A expansão desenfreada da Covid-19 coloca o Brasil na direção contrária ao resto do mundo, inclusive de países que há poucos meses eram epicentros da pandemia, caso dos EUA.

Contaminações mundiais caem pela 6ª semana

Com o avanço das vacinações, a pandemia do novo coronavírus começa a dar sinais de um pequeno arrefecimento no planeta. Boletim das Nações Unidas informa, nesta quarta-feira (24), que o número de contaminações mundiais caiu pela sexta semana seguida. Também houve queda do número de óbitos pela segunda semana. Desde janeiro, a queda chegou a 11% em relação a novos casos.

De acordo com a agência ONU News as Américas lideraram a queda nos registros, com quase 19%, seguidos pelo Pacífico Ocidental (9%), Europa (8%) e África (2,4%).  Já no Mediterrâneo Oriental e no Sudeste Asiático houve crescimento de de 6% e 2% respectivamente. 

Entidades defendem vacinas como bem público

Diante da gritante desigualdade das vacinações entre países ricos e pobres, a luta pelo acesso universal aos imunizantes contra a Covid-19 tem sido intensificada por entidades e organizações não governamentais. Depois da Cruz Vermelha, o Comitê Internacional de Bioética da Unesco e a Comissão Mundial sobre a Ética do Conhecimento Científico e Tecnologia reivindicam que a vacina seja considerada um bem público.

Após reunião com o diretor- geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Ghebreyesus, nesta quarta-feira (24), representantes das entidades pediram “uma mudança de direção nas atuais estratégias de imunização”.

De acordo com documento conjunto redigido pela Unesco e a Comissão, as indústrias farmacêuticas têm a responsabilidade de compartilhar a propriedade intelectual, com o apoio dos governos, para possibilitar uma democratização no acesso às vacinas.

Além disso, argumentam as entidades, devem ser levados em conta “a igualdade, a equidade, a proteção contra vulnerabilidade, a reciprocidade e o melhor interesse das crianças”.

Nesta quarta, Gana recebeu as primeiras vacinas do consórcio Covax, iniciativa da OMS para garantir acesso rápido e equitativo a imunizantes. Cerca de 600 mil doses da vacina AstraZeneca foram entregues ao governo local, tornando o país africano o primeiro a receber doses do consórcio.

Fonte: https://pt.org.br/covid-19-brasil-chora-250-mil-mortos...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Pandemia agrava problema crônico do Brasil: a desigualdade econômica

A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio mostra que, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda com a pandemia, e os 40% mais pobres viram a renda familiar que vem do trabalho, descontando o auxílio do governo, cair mais de 30%. Ainda está em curso, já deixou muitas marcas na economia brasileira e agravou uma das mazelas crônicas do país: a desigualdade.

Na leitura da economia, escreve um conto das duas cidades: uma que vê do alto o saldo da crise; e outra que assiste às consequências de baixo. A teoria de que o vírus aumentou a desigualdade social foi testada em cidades do mundo todo.

No Brasil, onde o mal é endêmico, foi pior, levada ao extremo

“Nas nossas regiões metropolitanas, já vinha numa tendência de crescimento desde 2015, com a crise. E o que a pandemia fez foi jogar essa desigualdade para outro nível. As pessoas estão perdendo renda do trabalho e, ao mesmo tempo, essa renda está se tornando, está ficando menos, está distribuindo de uma forma menos igualitária. Então, você tem uma piora da renda do trabalho e um aumento da desigualdade da renda do trabalho. O pior cenário que você pode ter”, explicou André Salata, sociólogo e professor da Escola de Humanidades da PUC-RS.

Em São Paulo, as diferenças têm endereço. Cada ponto de vista, uma história. O valor do metro quadrado das áreas nobres subiu como efeito colateral da quarentena, enquanto nas vielas estreitas as famílias vulneráveis ficaram sem saída.

Posicionada no nicho da elite de compradores, a imobiliária Boutique nunca cresceu tanto como em 2020. Já há fila de compradores esperando por uma cobertura.

“A gente teve um crescimento de 42% e a gente não esperava isso. A gente brinca que falta produto e não falta cliente para esse nicho”, revelou Rafael Guaraná Menezes, sócio da imobiliária de luxo.

As maquetes econômicas projetam para além dessa crise o abismo entre classes

Para os economistas, uma "recuperação em K". A grafia da letra desenha a queda na atividade com a pandemia, depois indica o caminho da saída. Não é bom: ricos cada vez mais ricos, pobres descendo ainda mais na arquitetura social. E esse vírus da desigualdade deixa marcas para o futuro, tal como a pandemia.

“A pandemia não é só um problema que acontece enquanto ela dura; ela deixa marcas na educação, no trabalho dos jovens de hoje. Esse efeito cicatriz que a geração de estudantes e de jovens durante a pandemia devem sofrer depois da pandemia”, alertou Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Do alto, o impacto financeiro da pandemia foi sentido à distância. Pessoas acomodadas no topo da pirâmide perderam pouco ou nada, e houve até quem ganhou no período de distanciamento social. É o que indicam os dados recentes de emprego e renda. A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio mostrou que, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda com a pandemia, e os 40% mais pobres perderam 30% da renda, descontando o auxílio do governo.

É na base da pirâmide social que a estagnação econômica como sintoma do vírus faz mais vítimas. Nesse estrato social que vive do emprego informal, difícil é encontrar alguém que não tenha sido afetado.

O auxílio emergencial do governo amorteceu o impacto e fez até subir a renda dos mais pobres e reduzir a desigualdade nos meses da pandemia. Mas quando os pesquisadores tiraram o auxílio emergencial da conta, o resultado foi uma queda drástica dos mais pobres, enquanto os mais ricos praticamente não têm mudanças.

“O que é muito preocupante nesse momento, em que o auxílio emergencial teve fim no ano passado, mas infelizmente os sinais que a gente tem visto no mercado de trabalho não são de uma recuperação tão forte e rápida assim”, lamentou André Salata.

Mayara só conta agora com doações. Ela é mãe solteira e agora se ocupa da filha em tempo integral. Perdeu as duas fontes de renda.

“Por causa dessa pandemia, desse vírus, ninguém quer encostar numa água. Todo mundo tem pânico de ter algum contato físico. E o trabalho de diarista? Sumiu! Eu não quero viver de doação, eu sou jovem, saudável, eu quero um emprego! Quero ter uma renda no final do mês para a minha geladeira vai ter algum alimento, vai ter um leite para a minha filha”, desejou Maiara Santana, vendedora ambulante.

“Ambulantes, diaristas, lojistas, feirantes, foram pessoas que foram severamente impactadas com as leis de restrição de circulação de pessoas e, apesar do auxílio emergencial ter amortecido um pouco o impacto econômico desse vírus, a gente vê que, nesse momento em que o auxílio emergencial já acabou, as consequências da crise econômica que a gente viveu estão ressurgindo; e o reflexo direto disso é a desigualdade, porque milhões de pessoas estão desempregadas e aquelas que trabalhavam por conta própria tiveram um impacto muito grande nos seus rendimentos”, explicou Gabriela Chaves, economista da NuFront.

“Então eu diria que, mais do que uma sociedade desigual, teremos uma sociedade desigual mais estagnada, ou seja, o bem-estar é afetado de várias formas”, disse André Salata.

Do alto da sua experiência de quem já passou por graves crises econômicas, Pérsio Arida, um dos economistas idealizadores do Plano Real, indica um caminho.

“O grande desafio do Brasil hoje é crescer e enfrentar o problema da desigualdade, e para isso a iniciativa começa no executivo federal - ele que dá o tom, ele que dá a norma, e, nesse sentido, nós estamos perdendo tempo sim. Precisa voltar à normalidade com vacina, abrir economia, fazer uma reforma tributária, colocar o governo para funcionar direito. O estado tem que deixar de fazer o que faz mal e fazer o que de fato lhe compete, que é educação pública de qualidade, saúde de qualidade e inovação tecnológica e apoio à ciência, é isso que o estado deveria estar fazendo”, defendeu o economista.

Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Mesmo com recorde de mortes Bolsonaro diz que não adianta chorar e ficar em casa

No dia em que o Brasil registrou o maior número de mortes pela Covid-19 em 24 horas, Jair Bolsonaro (ex-PSL) voltou a desdenhar da política de isolamento social e se mostrou, mais uma vez, insensível com a morte dos brasileiros. “Não adianta ficar em casa chorando, não vai chegar a lugar nenhum”, disse o presidente criticando a medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a transmissão do vírus.

Numa live com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na noite desta quinta-feira (11), Bolsonaro defendeu a volta ao trabalho e mencionou um spray nasal contra a doença, apesar da eficácia do medicamento contra o vírus ainda não ter sido  confirmada por testes científicos.

Bolsonaro voltou a defender ainda o tratamento off label, fora da bula, e o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19, medicamento que não tem eficácia contra a doença, segundo os cientistas, e comparou com as vacinas, dizendo ainda não haver "certificado" para os imunizantes, o que é mentira. 

"Voltar a trabalhar porque sem a economia não tem Brasil”, disse o presidente. Desde o início da pandemia, é contra o isolamento social, aparece em aglomerações e em eventos sem máscaras, não para de defender remédios sem eficácia contra a doença e ainda desdenha da vacina.

 

Recorde de mortes no Brasil

De quarta-feira 10) para quinta-feira (11), o Brasil computou 1.452 novos óbitos causados pela Covid-19, o maior índice registrado em 2021 e o terceiro maior de toda a pandemia. Com os novos óbitos computados nas últimas 24 horas, o país chegou a 236.397 mortes causadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, segundo levantamento do consórcio de imprensa.

O maior número de mortes pela doença em 2021 havia sido verificado em 28 de janeiro (1.439). A marca desta quinta (11) só não foi maior do que as registradas em 29 de julho (1.554) e 4 de junho (1.470).

A média móvel de mortes dos últimos sete dias foi de 1.073 — é a maior registrada neste ano. Este é o segundo maior período em que o Brasil apresenta média de mortes acima de mil em toda a pandemia. Ao todo, já são 22 dias, uma sequência mais longa ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias).

Já em relação aos casos confirmados da doença, em 24 horas o Brasil registrou 53.993 casos, elevando o total para 9.716.298.

Seis estados estão com a média de mortes em alta. Em estabilidade, temos nesta quinta o Distrito Federal e 14 estados. Seis estados têm queda na média de mortes.

 

Pazuello promete vacinação em massa em 2021

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta (11) que a vacinação em massa da população brasileira será em 2021. A fala aconteceu em sessão de que o ministro participou para dar explicações sobre a vacinação aos senadores. Pazuello está sob pressão de senadores que tentam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

"Nós vamos vacinar o país em 2021, 50% até junho e 50% até dezembro da população vacinável. Esse é nosso desafio e é o que estamos buscando e vamos fazer", disse o ministro.

A declaração de Pazuello ocorre no mesmo dia em que a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou ter doses até o sábado, enquanto Salvador mudou o cronograma para evitar a interrupção da campanha por falta de imunizantes. Na terça-feira, Niterói e São Gonçalo, ambas no Rio de Janeiro, paralisaram a vacinação.

Pazuello e o presidente da República, Jair Bolsonaro, foram criticados por senadores sobre a condução da crise sanitária e chamados de genocidas.

O Brasil tem atualmente 6 milhões de doses disponíveis para vacinação de grupos de risco e profissionais de saúde. Falta vacinas, insumos e matérias-primas para a população brasileira, que é de cerca de 211,8 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia) de 2020.

 

Pessoas vacinadas

Cerca de 4.584.338 pessoas receberam até agora a primeira dose da vacina. Na quarta, eram 4.321.678 vacinados. O total de vacinados com a primeira dose chegou a 2,16% da população.

Nesta quarta (10), 108.735 pessoas receberam a segunda dose em Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe. O número está aumentando, mas o país precisa acelerar esse processo com mais vacinas.

Nesta quinta, o Distrito Federal e 23 estados atualizaram dados. Os cinco que mais aplicaram a primeira dose até agora foram Amazonas, com 4,16%; Distrito Federal, 3,6%; Roraima, 3,26%; Mato Grosso do Sul, 2,77%; e São Paulo, com 2,66% da população vacinada.

Fonte: https://www.cut.org.br/noticias/brasil

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Por 4x 1, STF libera mensagens da Operação Spoofing para a defesa de Lula

O julgamento ocorreu na segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de hoje (9) e contou com quatro votos favoráveis – o do próprio relator, Ricardo Lewandowski, do ministro Kássio Nunes, da ministra Carmem Lúcia e de Gilmar Mendes – para garantir que a defesa tenha acesso aos diálogos entre os procuradores do Ministério Público e também entre eles e o ex-juiz Sérgio Moro.

Durante a sustentação da defesa, o advogado Cristiano Zanin defendeu que as conversas não diz respeito a diálogos pessoais, conversas entre familiares ou entre amigos, mas que a mensagens são registros de atos de processos clandestinos para esconder relações e sair dos canais oficiais.

Em sustentação oral nesta sessão, a subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques classificou como “absolutamente desfundamentada” a decisão de Lewandowski, dada no final de dezembro durante o recesso forense, que garantiu o acesso de Lula aos arquivos da operação Spoofing que lhe digam respeito.

Quando começou a votar, Lewandowski esclareceu que não “foi bem assim” que se sucedeu. O ministro salientou que há cerca de três anos a defesa de Lula pede à 13ª vara Federal de Curitiba para ter acesso a ações penais em que o ex-presidente figura como réu, especialmente em relação ao acordo de leniência da Odebrecht no que se refere às perícias.

Lewandowski leu algumas mensagens e afirmou que as mensagens conformam um “verdadeiro escândalo” e são “extremamente grave e impactante o que veio à tona”.

“Deve causar perplexidade em todos aqueles com o mínimo de conhecimento do que seja o devido processo legal e o Estado democrático”, observou.

O relator apontou que a defesa do ex-presidente Lula tenta há três anos ter acesso aos documentos e que ele mesmo pediu para que a Operação Lava Jato lhe apresentasse os documentos que estabeleceram as “parcerias” entre os procuradores e autoridades estrangeiras, principalmente com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com autoridades da Suiça.

 

Mensagens confirmam farsa judicial contra Lula

Os quatro grupos de mensagens analisados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entregues para o Supremo Tribunal Federal (STF) provam que os processos contra Lula foram injustos, imparciais e  configuram uma forte perseguição política.

Alguns pontos importantes que elas provam: Que o juiz Sérgio Moro atuava junto com a acusação na perseguição, dando ordens, trocando informações sigilosas e definindo juntos a estratégia contra a defesa de Lula. É importante ressaltar que só isso bastaria para anular os processos.

Mas tem mais. Moro e os procuradores perseguiam qualquer boato contra Lula, mostrando que não estavam atuando dentro da competência legal de investigar crimes relacionados à Petrobrás, mas caçando boatos para tentar acusar Lula de envolvimento nos desvios na estatal, coisa que nunca conseguiram provar.

Os procuradores quebraram a lei acessando ilegalmente sigilos fiscais de parentes e seguranças de Lula repetidas vezes.

Eles também colaboraram, ilegalmente, com autoridades americanas na perseguição a Lula e empresas brasileiras. Os procuradores atuaram com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), o FBI e a embaixada americana.

As mensagens também indicam direcionamento e coação de testemunhas e delatores contra Lula: do empreiteiro Léo Pinheiro, do ex-deputado Pedro Paulo Correa, do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-ministro Antonio Palocci. Todas essas negociações de direcionamento de delação com a participação do juiz Sérgio Moro junto aos procuradores.

A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, aponta que análise técnica do STF dividiu as mensagens em sete categorias de irregularidades: 1)Indício de antecipação de decisão/combinação de jogo processual;2)Compartilhamento contínuo de informações sigilosas; 3)Interferência na produção de provas;4)falhas na cooperação com autoridades estrangeiras; 5)Falhas no caso Lula.


Fonte: https://lulalivre.org.br