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Ao menosprezar nossa
capacidade de mudar o país, Garcia afirmou em vídeo que foi compartilhado pelo
presidente nas redes sociais: “Alguém duvida de que os japoneses transformariam
isso aqui em primeira potência do mundo em 10 anos?”
“Isso aqui” é como o
ex-global se refere ao Brasil governado pelo ex-tenente, que tuitou em seguida,
junto com o link no Youtube: “Alexandre Garcia: 2 minutos para mudar o Brasil.
Essa é para assistir algumas vezes e compartilhar muitas”.
Nem o guru Olavo de Carvalho
tinha chegado a tanto em suas apopléticas agressões ao Brasil e seu povo. Em
apenas quatro anos, desde o golpe de 2016, 1,8 milhão a mais de trabalhadores
passaram a ganhar até um salário mínimo por mês. Reportagem especial de Douglas
Gavras e Erika Motoda traçou o perfil de vários desses sobreviventes
desprezados por Jair & Alexandre, que nunca souberam o que é viver com um
salário mínimo.
Economista da Consultoria
IDados, Ana Tereza Pires, que fez a análise dos dados do IBGE a pedido do Estadão,
atribui esses números à explosão da informalidade nos últimos anos, que já
atinge a 41,1 milhões de trabalhadores.
“Sem a estrutura básica que
os empregos com carteira assinada oferecem aos trabalhadores, os informais
ficaram expostos a condições piores e baixas remunerações.” É difícil acreditar
que os japoneses de Jair & Alexandre estejam interessados em se submeter a
essas condições degradantes para salvar o Brasil.
Não satisfeito em
compartilhar essa barbaridade do ex-jornalista, nesta mesma segunda-feira
Bolsonaro resolveu cometer outra grosseria com os governadores do nordeste, ao
participar do lançamento da pedra fundamental do Colégio Militar de São Paulo,
em companhia do parça Paulo Skaf, da Fiesp dos patos amarelos.
“Se quiserem seguir formando
militantes e desinformando, tudo bem”, disse Bolsonaro ao criticar o fato de
oito dos nove governadores nordestinos não terem aderido ao programa de escolas
cívico-militares do MEC.
O ataque bolsonarista veio
logo após o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciar um aumento
salarial dos professores do Estado para R$ 6,3 mil, enquanto o piso nacional da
categoria reajustado pelo governo federal é de R$ 2,3 mil.
A
resposta de Dino não demorou:
“Aqui no Maranhão não
“inauguramos” pedra fundamental de escola. Aqui a gente inaugura escola.
Pronta. Temos cerca de 1.000 obras educacionais. Centenas de escolas novas. Ou
seja, enquanto uns gritam e tentam chamar atenção com confusão, estamos
trabalhando com seriedade”.
Não precisamos importar trabalhadores
japoneses, mas poderíamos seguir o exemplo deles, e investir mais em educação,
principalmente nos professores, como faz o governador Flávio Dino no Maranhão.
Vida que segue.
Por:
Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho e para o Jornalistas pela Democracia
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