Defesa
da Leia 12.619 significa salvar vidas
A lei 12.619/2012 que
regulamentou a profissão dos motoristas no País tem uma importância social de
grande alcance, pois além de regulamentar a profissão, garante o seguro de vida
obrigatório, cursos gratuitos, atendimentos prioritários no SUS, o descanso dos
motoristas e caminhoneiros em viagem nas estradas brasileiras, tempo de direção
limitado, com a finalidade de se evitar inúmeros acidentes, inclusive com
vitimas fatais.
Segundo o vereador, Valdemar
Silva (Vavá do Transporte), levantamento feito pelo MPT - Ministério Público do
Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal apurou-se que as jornadas de trabalho
de 88% da categoria superam oito horas diárias. Outra constatação é que muitos
trabalhadores consomem estimulantes, os chamados ‘rebites’, para levarem a cabo
tal jornada nas estradas e rodovias brasileiras.
Vavá afirmou que por várias
vezes esteve em Brasília, participou dos debates com todos os agentes
envolvidos, favoráveis em elaborar a Lei em benefício dos “profissionais do volante”. Que depois de muita luta, em 2007, o
projeto de lei que serviu de base para a atual legislação, carinhosamente denominada:
Lei do Descanso, finalmente foi aprovada e sancionada pela presidenta Dilma
Rousseff, em 2012. “Apesar de ter sido
aprovada há mais de um ano, não é cumprida integralmente”.
Disse que participará na sexta-feira
(06/12), a partir, das 10h00 no CMTC-CLUBE, em São Paulo do lançado o FNDL - 12.619
(Fórum Nacional em Defesa da Lei 12.619\2012). Dentre as entidades que
organizará o evento está a Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Transportes Terrestres (CNTTT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), UGT,
Força Sindical e Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no
Estado de São Paulo (FTRESP), já aderiram ao Fórum e estão firmes nesta luta.
“Consideramos
esta Lei uma conquista dos motoristas, mas que é contestada por empresas
geradoras de cargas por obrigar a uma parada de trinta minutos a cada quatro
horas de direção. Luiz Festino, diretor da Nova Central – SP me disse que a
Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial para tornar a lei mais flexível”.
Ponderou que é grande o
perigo que caminhoneiros e outros motoristas correm por causa do excesso de
jornada de trabalho.
Más que mesmo assim, nos
bastidores, empresários do agronegócio querem alterar o descanso diário, o
semanal com permissão de acúmulo de três semanas, regras de transição para
trechos de rodovias em que não existam pontos de parada, permitir ao motorista
em dupla o descanso no próprio veículo, dentre outras mudanças que trás prejuízos
para os trabalhadores.
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