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terça-feira, 18 de maio de 2010

QUEM TEM VERGONHA NA CARA JAMAIS ESQUECERÁ!



19 DE MAIO, UMA DATA QUE JAMAIS SERÁ ESQUECIDA

O episódio das prisões dos diretores do Sindicato dos Motoristas de São Paulo em 2003 só prevaleceu uma versão dos fatos, justamente a que a TV Globo exibiu durante dois meses consecutivos. Aquele que era para ser apenas um conflito entre capital e trabalho foi tratado pelos empresários de empresas de ônibus urbano e a prefeita Marta Suplicy, simplesmente como uma questão policial e não como política administrativa. Ou seja, a emissora não usou da imparcialidade jornalística. Ela foi avalista de uma avalanche de denúncias na época.

Na luta incansável para garantir o sustento dos trabalhadores, a entidade sindical organizou várias ações na cidade de São Paulo, desde julho de 2002 até novembro de 2003. A sede do sindicato dos motoristas foi invadida pela Polícia Federal, e em 19 de maio de 2003, 19 sindicalistas foram presos, dentre eles o presidente do Sindicato dos Motoristas, Edivaldo Santiago da Silva, todos acusados de receberem propinas dos donos de empresas de ônibus urbano de São Paulo.

Com a influência da Rede Globo, o caso teve uma cobertura em toda mídia no país. Adversários políticos do presidente do Sindicato Edvaldo Santiago da Silva, passam a utilizá-las para se auto promoverem e levam a entidade sindical para as páginas policiais dos principais jornais impresso do país e de Telejornais como: “Brasil Urgente – BAND”; o “Aqui e Agora – Record”; programa do “Fantástico, Jornal Nacional, SP-TV, Bom Dia Brasil – Rede Globo”.

Um dos motivos que contribuiu para as prisões começou no final do ano de 2001. O então diretor do sindicato Marco Antônio Coutinho da Silva, descumpriu uma determinação de Assembléia da categoria que aprovou que não aceitaria o atraso no pagamento do 13º salário daquele ano. Ele fez um acordo com os donos da empresa Viação Gatusa para pagar a 2ª parcela do décimo dos trabalhadores (as) com cheque nominal. Sua atitude causou muita insatisfação entre os funcionários, que só puderam sacar o dinheiro no dia 02 de janeiro de 2002.

O presidente do sindicato Edvaldo Santiago, levou o caso para o Conselho de Ética da entidade para apurar os fatos, como Marco Antônio não conseguiu argumentos suficientes para convencer os membros do Conselho, seu caso foi encaminhado para uma Assembléia da categoria. Os mais de 02 (dois) mil trabalhadores (as) que compareceram optaram em expulsá-lo da diretoria do Sindicato.

Para substituí-lo na garagem, o motorista José Leidson Rodrigues (Polegar), 31 anos, foi nomeado delegado sindical. Não conformado com a situação, e conforme denúncia do próprio presidente do sindicato Edivaldo Santiago, Marco Antônio teria encomendado a morte de Polegar, que levou 08 (oito) tiros em frente sua casa na Cidade Dutra (zona Sul). Após o crime realizado no dia no dia 13 de janeiro de 2002 o denunciado ficou foragido por um bom tempo, e em 2003 aparece em cena para proferir denúncias de corrupção contra os demais diretores do Sindicato. “Edvaldo acredita que o assassinato esteja ligado diretamente à substituição do diretor”. (VIANNA, 2002, p. 6).

O ex - Diretor Marco Antônio Coutinho da Silva, afirmou no dia 12 de maio de 2003, em entrevista exclusiva no Fantástico, que os Diretores do Sindicato faziam “Grevezinhas” em troca de “recebimento de dinheiro por parte dos empresários”. Também, em depoimento na força tarefa, formada pela polícia Federal e Ministério Público do Trabalho que investigava denúncias de corrupção trabalhistas, relata que “há recebimento de dinheiro por parte dos sindicalistas de empresários e proprietários das empresas de ônibus para simular greves e fazer vistas grossas aos problemas trabalhistas sofridos por empregados”.

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