Durante os governos do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, a situação era muito
diferente: o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 76% entre
2002 e 2016, e 93,8% das categorias trabalhistas tiveram aumento maior do que a
inflação no ano de 2010. Com Bolsonaro, não apenas não houve nenhum aumento
real do salário mínimo, como também 47% de todas as categorias trabalhistas tiveram
perda salarial em 2021.
Em 2010, no último ano do
governo Lula, a porcentagem de categorias com ganho salarial igual ou maior que
a inflação era de 96,2% – apenas 3,8% das categorias tiveram perdas salariais
naquele ano. Esses bons índices se mantiveram ao longo dos dois mandatos de
Lula, graças à política de valorização do salário mínimo, que impactou boa parte
da massa salarial do País.
Em um cenário de expansão
econômica (em que pese a crise mundial de 2008) e inflação em baixa, a
participação dos salários no PIB aumentou de 46,26%, em 2003, para 51,4% em
2009. Entre 2002 e 2015, o aumento real do salário mínimo foi de 76,54%. A
política de valorização do salário mínimo, um dos pilares da inclusão social do
período (que se tornaria modelo para o mundo), foi uma das principais responsáveis
por manter a economia aquecida durante a crise econômica internacional de 2008.
Lula transformou a
valorização do salário mínimo em lei, fruto de construção conjunta com os
movimentos sindicais. A lei garantia o reajuste real do salário mínimo por meio
de sua correção a partir do repasse da inflação do ano anterior somado à
variação do PIB de dois anos antes. A política de valorização do salário mínimo
foi renovada pela ex-presidenta Dilma Rousseff, que editou lei garantindo sua
duração até 2019. O aumento real baseado em regras que davam previsibilidade
aos agentes econômicos contribuía para estimular os investimentos na
produtividade e portanto sustentar o crescimento de toda a cadeia salarial.
Com a eleição de Jair
Bolsonaro e Paulo Guedes, imediatamente o salário mínimo tornou-se um problema
para o governo. A política de valorização foi revogada e entre 2019 e 2022, o
aumento real do salário mínimo foi de 0% (zero por cento). Estima-se que cerca
de 48 milhões de pessoas tenham a remuneração baseada no salário mínimo no
Brasil. São 3 anos de mínimo corroído pela altíssima inflação.
A economia em frangalhos de
Bolsonaro e Paulo Guedes também tem impactos desastrosos no mercado de
trabalho. Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos
socioeconômicos) apontam que os trabalhadores da iniciativa privada têm
encontrado dificuldade em reajustar seus salários acima da inflação.
Nos últimos três anos, desde
que Bolsonaro assumiu a Presidência, houve uma piora acentuada nessa questão.
Em 2018, apenas 9% das categorias não havia conseguido aumento além da
inflação. Em 2021, esse índice cresceu mais de cinco vezes, para 47%.
As causas que explicam esse
fenômeno são a retomada lenta da economia depois da pandemia da covid-19 e a inflação
acelerada, dois fatores que deveriam estar sob controle do governo Bolsonaro,
que tem feito uma gestão desastrosa de todas as áreas, mas principalmente da
área econômica. O povo paga a conta no mesmo passo em que o Brasil.
Inflação
recorde em 28 anos
As pessoas dizem que é culpa
da inflação, mas o que será isso? A inflação é o aumento geral de preços de
bens e serviços. Ela implica na diminuição do poder de compra dos brasileiros,
e pode ser medida por um índice chamado IPCA
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),que aponta, segundo o
IBGE, a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40
salários mínimos.
A inflação de março ficou em
1,62% – a última vez em que a taxa foi maior do que isso num mês de março foi
em 1994, antes do Plano Real, que veio justamente para conter a hiperinflação
que já era regra no período. Em 2021, a inflação já chegou a 11,30% no
acumulado dos últimos 12 meses, o maior valor 19 anos, segundo dados do IBGE.
Os grandes vilões dessa alta
foram os transportes e isso se deve graças ao aumento 6,70% no preço dos
combustíveis. A gasolina, com alta de 6,95%, teve o maior impacto individual no
IPCA de março, mas os preços do gás veicular, do etanol e do óleo diesel também
subiram significativamente. O diesel, inclusive, é o subitem não alimentício
que mais subiu nos últimos 12 meses, 46,47%.
Além disso, todos os itens
alimentícios tiveram alta e produtos que fazem parte da mesa do povo brasileiro
ficaram muito mais caros. A inflação dos alimentos que fazem parte da cesta
básica disparou no mês de março no Brasil e superou a marca de 21% no acumulado
de 12 meses, segundo estudo da PUC/PR . O motivo? Além da desastrosa condução
da economia pelo atual governo, Bolsonaro destruiu os estoques reguladores da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que dificulta o controle dos
preços dos alimentos.
Por:
https://lula.com.br/inflacao
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