Mesmo diante de uma taxa de 15%
de desemprego, o insensível parlamentar propõe mais este sacrifício à classe
trabalhadora. Sua atitude antitrabalhista provocou descontentamento na
categoria e nos seus representantes que se mobilizam para dialogar no Congresso
Nacional a fim de barrar a aprovação da emenda.
Sindicalistas do setor
argumentam que se a proposta de Kim for aprovada, causará impacto social e risco
à segurança e à saúde pública. “Lidar
com combustíveis requer experiência e treinamento, já que se trata de
componentes inflamáveis, tóxicos e, portanto, perigosos”, informa documento
assinado por representantes dos frentistas.
Como desculpa, o deputado
diz que a medida será útil para diminuir o custo dos combustíveis, que já
chegaram a R$ 7,00 o litro em algumas regiões do Brasil, o que é contestado
pelo presidente da Federação dos Frentistas do Estado de SP (Fepospetro), Luiz
Arraes.
“O preço do combustível é
composto, na maior parte, pela carga tributária. Os impostos federais e
estaduais são os principais vilões no preço. Depois, tem o monopólio das
distribuidoras, seguido pelo lucro de revenda e transporte. Por último, temos o
salário do trabalhador, que não representa 3% do valor final do combustível”,
critica.
Luiz lembra que muito dos
preços abusivos que são praticados hoje no Brasil é culpa da política econômica
do governo. “Temos a desvalorização cambial, o preço do combustível na
Petrobras é em dólar”, ele conta. Para ele, esse é um ataque gratuito aos
frentistas. “Não vai abaixar nada e vão seguir com o monopólio para adotar os
valores que quiserem”, alerta.
Ele acredita que, caso seja
aprovada essa medida, possibilitará um caos social no País ainda maior. “São
500 mil que vão ficar desempregados. É totalmente anti-social e inoportuna a
Medida. Nada justifica esse projeto”, diz. Em sua opinião, além dos prejuízos
sociais e econômicos, os clientes ainda podem correr riscos.
“Tem risco à saúde e até de
explosão dos postos”. Outro ponto destacado é a segurança pública. “Imagine
chegar num posto pra abastecer o carro à meia-noite, sem frentista, sem
trabalhador. Facilita até o assalto”, complementa Arraes.