Praticamente todas as novas
vagas com carteira de trabalho assinada geradas no país em 2019 possuem uma
remuneração máxima de até dois salários mínimos. Os dados são da Carta de
Conjuntura divulgada pelo Ipea nesta quarta-feira (18).
Segundo o documento, apenas as
duas primeiras faixas salariais (de até um e de até dois salários) possuem
saldos positivos, ou seja, o número de contratações supera o de demissões no
primeiro semestre do ano. Para os demais níveis salariais, mais altos, a
dispensa de trabalhadores é maior que o total de admissões.
O levantamento, feito com
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados da Secretaria de Trabalho
do governo federal, indica que, a partir do segundo semestre de 2018, a geração
de novos postos de trabalho com carteira assinada voltou a apresentar maior
dinamismo.
No acumulado em doze meses até
julho deste ano, a economia brasileira havia criado 521,5 mil novos empregos
formais . Junto a esse bom resultado, as estatísticas também mostram uma leve
recuperação dos salários médios de contratação, embora estes, historicamente,
mantenham-se abaixo dos salários de quem tem sido demitido.
Os dados do Caged analisados
pelo Ipea também mostram que a maior parte dos trabalhadores demitidos é aquela
com menos tempo de permanência no emprego . Na média, nos últimos doze meses
até julho, enquanto na indústria, no comércio e nos serviços quase a metade dos
demitidos estava trabalhando há menos de um ano, na construção civil esse
percentual avança para 62%.
Em contrapartida, a menor
parcela dos trabalhadores dispensados é formada por profissionais com mais de
cinco anos de permanência no emprego. Se na indústria de transformação essa
parcela corresponde a 14%, na construção civil não chega a 5%.
Fonte: https://radiopeaobrasil.com.br
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