De acordo com dados do Novo
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego na segunda-feira (30), foi registrado um
crescimento no mercado de trabalho, com a criação destes empregos com carteira
assinada nos primeiros nove meses deste ano,
O estoque de empregos com
carteira assinada atingiu o marco histórico, de 44 milhões de trabalhadores e
trabalhadoras até setembro de 2023, o que representa o maior valor já
registrado desde o início da série histórica, que abrange tanto o período do Caged
de junho de 2002 a 2019 quanto o Novo Caged a partir de 2020. A variação
positiva em relação ao mês anterior foi de 0,48%. Nos últimos 12 meses, de
outubro de 2022 a setembro de 2023, o país acumulou 1,4 milhão de empregos
formais, decorrentes de 22,8 milhões de admissões e 21,4 milhões de
desligamentos.
A criação de empregos formais
foi generalizada, abrangendo os cinco principais grupos de atividades
econômicas, todas as regiões do país e as 27 Unidades Federativas. Os estados
que lideraram em geração de empregos foram São Paulo, com 47.306 postos
(+0,35%), Pernambuco, com 18.864 postos (+1,35%), e Rio de Janeiro, com 17.998
postos (+0,51%). Na análise regional, o Sudeste apresentou o maior saldo, com
82.350 vagas formais, seguido pelo Nordeste (75.108), Sul (22.330), Norte
(16.850) e Centro-Oeste (14.793).
O setor de Serviços se
destacou em setembro, com um saldo positivo de 98.206 postos, com ênfase nas
áreas de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias,
profissionais e administrativas (41.724), Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (20.383), e
Alojamento e Alimentação, especialmente em restaurantes e lanchonetes, com um
saldo de 16.642 postos criados.
O setor de Comércio gerou
43.465 novos empregos, destacando-se o Comércio Varejista de Mercadorias em
Geral, com predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados e
Hipermercados. A Indústria contribuiu com 43.214 postos de trabalho, e a
Construção Civil registrou um saldo de 20.941 empregos. A Agropecuária, embora
com menor geração de empregos no mês, ainda apresentou um saldo positivo de
5.942 postos formais, apesar da desmobilização no cultivo de café, que impactou
o setor com uma perda de 6.704 postos em setembro.
A análise de gênero revelou um
saldo positivo tanto para mulheres (83.096) quanto para homens (128.668). Além
disso, a População com Deficiência (PcD) também experimentou um aumento no
emprego, com um saldo positivo de 1.590 postos de trabalho. O emprego formal
abrangeu diferentes grupos étnicos, com saldos positivos para pardos (145.519),
brancos (49.451), pretos (20.004), amarelos (2.642) e indígenas (232).
Quanto aos salários, o salário
médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.032,07, mantendo uma
estabilidade com uma variação negativa de R$ 8,07 em comparação com o valor
corrigido de agosto (R$ 2.040,14). Em relação ao mesmo mês do ano anterior,
considerando as variações sazonais, o ganho real foi de R$ 13,92.
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