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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Haddad lidera pesquisa para governador e chega a 38% com apoio de Lula e Alckmin

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) lidera a disputa pelo governo do estado, de acordo com a pesquisa Ipespe, antigo Ibope, divulgada nesta sexta-feira (18). O levantamento mostra que o petista chega a 38% das intenções de voto se sua candidatura for apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido).

No primeiro cenário, a pesquisa mostra o Haddad com 20% das intenções de voto, empatado com Alckmin, que deve abandonar a corrida ao estado para ser vice de Lula na eleição presidencial. Na sequência aparecem: Márcio França (PSB), com 12%; Guilherme Boulos (Psol), com 10%; Tarcísio de Freitas, com 7%; e Rodrigo Garcia (PSDB) também com 7%.

Numa simulação de cenário sem Alckmin, mas com o PSB lançando candidato, Haddad aparece com 28%, seguido por França com 18%. Guilherme Boulos, com 11%, está em terceiro, seguido por Tarcísio de Freitas, com 10%, e Rodrigo Garcia, com 5%. Quando se exclui a candidatura de Márcio França da disputa, Fernando Haddad chega a 33% da preferência do eleitor ao governo de São Paulo.

Corrida à Presidência

A pesquisa Ipespe realizada em São Paulo mostra que o ex-presidente Lula lidera a corrida presidencial com 34% das intenções de voto no estado. O petista tem ampla vantagem contra Jair Bolsonaro (PL), que tem o apoio de 26% dos paulistas. Já o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) conta com a preferência de 11% dos eleitores do estado, e Ciro Gomes (PDT), 7%.

Em simulações de segundo turno, Lula também vence todos seus adversários em São Paulo. Contra Bolsonaro, a vitória seria de 46% ante 34%. Se enfrentasse Moro, ganharia com 46% dos votos. Caso o governador João Doria (PSDB) passasse do primeiro turno, o petista também teria a preferência de 47% dos eleitores, contra apenas 26% do tucano.

A pesquisa também questionou o índice de popularidade de Jair Bolsonaro e João Doria. O governador de São Paulo possui uma avaliação positiva de apenas 24% dos paulistas, enquanto 38% consideram sua gestão regular e outros 36%, péssima. Já Bolsonaro, é considerado bom para 24% dos eleitores e ruim para outros 56%. Consideram regular a gestão federal outros 19%.

O levantamento foi realizado entre 14 e 16 de fevereiro e ouviu 1 mil pessoas por telefone. A pesquisa está registrada nos sistemas do TSE sob o código BR-08006/2022. O nível de confiança é de 95,45% e a margem de erro é estimada em 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

A cada cinco eleitores de Bolsonaro, um vai votar em Lula em 2022, mostra pesquisa

O ex-presidente Lula (PT) avançou nove pontos percentuais entre eleitores que declararam ter votado em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno em 2018. Se as eleições de 2022 fossem hoje, um em cada cinco eleitores (21%) do atual presidente votariam no pré-candidato do PT. As informações são da pesquisa PoderData.

Os percentuais de votos do ex-capitão que migrariam para seus dois principais adversários mudaram significativamente em comparação ao último levantamento da PoderData. Pela pesquisa realizada entre 16 e 18 de janeiro, Lula e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) tinham os mesmos 12% dos votos de bolsonaristas arrependidos.

Ainda no recorte da pesquisa divulgado hoje, outros 7% dos que ajudaram a eleger Bolsonaro disseram que votariam em branco ou anulariam seu voto.

Ciro Gomes (PDT) teria 4% de votos de ex-bolsonaristas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), receberia 3%. Mesmo sendo o último a lançar pré-candidatura, André Janones (Avante) herda 2% desses votos, à frente de Rodrigo Pacheco (PSD) e Simone Tebet (MDB), ambos com 1%.

Fiéis

Já os que dizem que manterão o voto no ex-capitão somavam 58% em meados de janeiro, e hoje são 54%.

Entre os eleitores que dizem ter votado em Fernando Haddad, Lula tem larga vantagem, com 72% afirmando que votariam no pré-candidato do PT. Moro não soma nenhum percentual entre arrependidos pelo voto em Haddad e Ciro fica com 12% deles.

O mesmo levantamento confirmou a liderança de Lula no pleito de outubro. O petista tem 41% da preferência de votos, enquanto o ex-capitão soma apenas 30%. Entre os demais candidatos, Moro e Ciro vêm em terceiro, com 7% cada.

Em um dos vários recortes, a pesquisa concluiu por empate técnico entre Lula e Bolsonaro entre o eleitorado masculino. No entanto, o ex-presidente tem ampla vantagem nas demais camadas da população. Bolsonaro também segue com alta reprovação entre os brasileiros, segundo o mesmo levantamento.

A pesquisa PoderData foi realizada entre 31 de janeiro e 1º de fevereiro, entrevistando 3 mil pessoas por telefone em todo o Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.

Ainda segundo o levantamento, Bolsonaro segue liderando entre os evangélicos, com 42% desse segmento, 1 ponto percentual a menos do que em meados de dezembro. Lula, por sua vez, viu crescer nove pontos em 45 dias, de 26% para 35%, sua preferência entre os eleitores que se declaram evangélicos. No eleitorado católico, Lula lidera com 42%, ante 24% de Bolsonaro.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Promover justiça social para reconstruir o Brasil...

O seminário Resistência, Travessia e Esperança, promovido na última semana pelo Partido dos Trabalhadores, as lideranças do PT na Câmara e no Senado, a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula, diagnosticou os enormes problemas enfrentados pelo povo brasileiro. E, ao mesmo tempo, busca encontrar caminhos para tirar o Brasil do atoleiro econômico, social e ambiental.

O ex-presidente Lula e a ex-presidenta Dilma, durante o seminário, deixaram clara a necessidade de se criar condições de governabilidade para a suplantação da crise sanitária, política e social provocada pelo modelo neoliberal implementado com o golpe de 2016 e aprofundado pelo neofascista Bolsonaro.

As duas bancadas, junto com os movimentos sociais, sindicais e populares — e diferentes setores da sociedade –, têm a responsabilidade de contribuir com o grande movimento está sendo criado em torno do ex-presidente Lula. Temos que construir uma maioria, a priori numérica e, no futuro, política.

O PT tem como enriquecer o debate com novos elementos, nossas ideias sobre democracia, economia, consumo, direitos econômicos, ambientais, sociais e trabalhistas. E elaborar diretrizes para um país com inclusão social, geração de renda e empregos e que garanta o futuro a uma juventude que hoje padece com o desalento e a desesperança.

Como o presidente Lula costuma dizer, precisamos recuperar o nosso legado. Quando o PT esteve à frente do governo, os avanços foram superlativos. Alguns países que fizeram revolução talvez não tenham avançado tanto quanto o Brasil. Naquele período, o país criou 20 milhões de postos de trabalho e mantendo os direitos trabalhistas. Além disso, os governos Lula e Dilma quadruplicaram os recursos para a educação, levaram mais de 50% de negros à Universidade, tiraram o Brasil do Mapa da Fome. Pagamos a dívida externa e projetamos o Brasil no cenário mundial. Avanços em todas as áreas.

Com Bolsonaro, o cenário é catastrófico. O Brasil perdeu mais de 35 mil indústrias, uma média de 17 por dia. O crescimento econômico é pífio, ante números expressivos dos governos Lula (4,6% em média) e de Dilma ( 3,5%).

Além da tarefa imediata de combater a fome e a insegurança alimentar que afligem mais de 100 milhões de brasileiros, temos a responsabilidade de reerguer a economia brasileira, a começar pela indústria. O Brasil não pode se  transformar na roça do mundo, tampouco ficar orbitando em torno dos bancos. É preciso reorganizar nosso modelo econômico. O atual, calcado em produtos primários, aprofunda nossa condição de país periférico.

As exportações de grãos – junto com a de minérios – suscitam outra reflexão para um futuro governo: praticamente não pagam impostos e não agregam valor.  Quantos milhões de empregos poderiam ser criados com a agregação de valor nas exportações de soja e minérios?

Até a estratégica Petrobras foi levada a tornar-se exportadora de petróleo bruto e importadora de combustíveis, numa política antinacional que precisa ser revista, pois ficou à mercê de acionistas, em boa parte estrangeiros, em detrimento do povo brasileiro.

Temos a chance de fazer uma transição histórica, resgatando direitos e a democracia, mas elevando o Brasil a outro patamar civilizatório e de desenvolvimento. Desenvolver um modelo econômico de baixa produção de carbono, intensificar a produção tecnológica e o desenvolvimento digital, áreas em que o Brasil sofreu abissal retrocesso com o golpe de 2016 e Bolsonaro, e trilhar o caminho da questão ambiental e ecológica, o que abre oportunidades num mundo sedento por sustentabilidade.

É prioritária uma nova matriz descentralizada de desenvolvimento econômico, com a valorização do associativismo, do cooperativismo, financiamentos de fábricas e produção de novas tecnologias. Temos condição de fazer uma nova indústria – clima, gente, inteligência, um grande complexo de universidades – e realizar a transição para uma economia digital e matriz energética limpa a sustentável.

É preciso começar 2022 integrando todos os setores do nosso partido e da militância para que colaborem e atualizem o nosso Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil. O PT e o presidente Lula  trazem a esperança de dias melhores. Lula é o líder capaz de construir novos valores, conceitos e trazer de volta a alegria, a tolerância e a autoestima do povo brasileiro.

Por: Reginaldo Lopes, Deputado federal por Minas Gerais, é o líder do PT na Câmara dos Deputados.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Não há mais nenhuma dúvida: PF conclui que Bolsonaro vazou inquérito sigiloso sobre ataque ao TSE

A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras duas pessoas divulgaram uma investigação sigilosa que apura um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso, houve danos à confiança no sistema eletrônico de votação usado no Brasil. Segundo a delegada Denisse Ribeiro, o descumprimento dele a uma ordem judicial para prestar depoimento na sexta-feira (28), não atrapalhou o trabalho.

Bolsonaro deveria depor sobre vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF sobre ataque hacker ao TSE e tinha que esclarecer como teve acesso a uma investigação sigilosa. O presidente teria acessado os dados sobre o ataque ao sistema porque o deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, teria pedido, e obtido, esse privilégio ao delegado Victor Feitosa Campo, da superintendência da PF.

O relatório da PF está agora no Supremo Tribunal Federal (STF), no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O próximo passo deverá ser encaminhar o documento para manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras, que poderá concordar ou não com a polícia.

“Todos, portanto, revelaram fatos que tiveram conhecimento em razão do cargo e que deveria permanecer em segredo até conclusão das investigações, causando danos à administração pela vulnerabilização da confiança da sociedade no sistema eleitoral brasileiro e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tudo com a adesão voluntária e consciente do próprio mandatário da nação”, diz trecho do documento.

Denisse disse ainda a reportagem da Agência O globo: “Por fim, não se procedeu à tomada de declarações de Jair Messias Bolsonaro, diante do não atendimento da ordem judicial de comparecimento para oitiva. Essa ausência, por outro lado, não trouxe prejuízo ao esclarecimento dos fatos”.

Desculpas
Os ataques de Bolsonaro ao STF, e particularmente a Moraes, chegaram ao auge nas “comemorações” do 7 de setembro, quando o presidente desferiu uma série de ofensas ao ministro e prometeu que não cumpriria mais decisões dele. Dois dias depois, diante da enorme repercussão negativa, e vendo que o golpe que pretendia falhou, recuou.

Em nota divulgada na tarde do dia 9, escrita, na verdade, por Michel Temer, Bolsonaro praticamente pediu desculpas a Moraes e disse que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”. Chegou a mencionar as “qualidades como jurista e professor” de Moraes e em tom ameno declaro que “existem naturais divergências em algumas decisões” do ministro.