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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Lula, enfim, se libertou, por Jeter Gomes

O dia 24 de janeiro de 2018 ficará marcado na história como o dia em que Lula se libertou. Acabou a apreensão, o nervosismo da expectativa de um possível julgamento justo. O que se viu em Porto Alegre, durante horas e horas de sessão, foi a confirmação de que o Judiciário brasileiro não tem o menor pudor em assumir diante das câmeras que tem um lado: o das elites brancas, escravocratas e raivosas.

Longuíssimas leituras e discursos políticos dos magistrados e nem uma migalha de provas da culpabilidade do ex-presidente da República. Como os inquisidores nada conseguiram provar, mostraram para seus patrões da mídia e do Kapital que são ainda mais cruéis que o TorqueMoro e aumentaram a pena.

Tramando a confirmação do crime, vilipendiaram as leis, a Constituição, o Estado Democrático de Direito. Com punhos de renda, prestaram contas ao rentismo. Com inteligência média, ganharam as manchetes da mídia. E voltaram pra suas casas com as mãos sujas dos carrascos.

E ali começou a libertação de Lula do seu pequeno corpo físico de metalúrgico migrante do agreste pernambucano. O que era carne virou verbo: Lular. Se de um lado, o prefeito de Porto Alegre, seu inimigo figadal, tucano de filiação e MBL (essa seita dirigida por garotos fascistas, financiada por abastados e seguida por abestados) por convicção, não conseguiu juntar uma centena de g(p)atos pingados; do outro, 70 mil pessoas de todo o Brasil lularam numa demonstração gigantesca de apoio ao seu líder e que a mídia Golpista ocultou dos seus leitores.

Certamente, Lula é o réu que mais arrastou simpatizantes para um julgamento na história da humanidade. E a massa lulava com força, com gana, com raça, com coragem, mesmo sabendo que os juízes jogavam no time adversário.

A farsa acabou, os véus foram rasgados, as máscaras deixadas nos bolsos das togas. Despiram-se das fantasias a menos de vinte dias do carnaval. E quando o mundo abriu os olhos, os três patéticos estavam nus diante do tribunal da verdade, aquela que adoece, mas nunca morre. A guilhotina foi armada para decapitar o maior líder popular e o presidente mais bem avaliado da história do Brasil.

Mas Lula desencantou, bateu asas na Esquina Democrática da capital gaúcha, sobrevoou o Guaíba, se misturou ao vento e se espalhou pelo país. Se fez matéria nas universidades e institutos tecnológicos que construiu, nos 40 milhões que ajudou a tirar da miséria, na retirada do Brasil do mapa da fome da ONU, nas águas transpostas do Velho Chico, na Luz que ofertou para Todos, nos alimentos da Agricultura Familiar que saciou a fome nas merendas escolares, nos tetos seguros do Minha Casa Minha Vida, nos milhares de jovens negros e pobres que ingressaram nas universidades e adquiriram conhecimento até ultrapassaram nossos limites geográficos no Ciência Sem Fronteiras.

Esfumando-se da cidade que foi por vezes sede do Fórum Social Mundial, Lula aterrissou na Praça da República (ironia da história), na capital do Kapital brasileiro. Ali, num tom sereno, dos que portam a certeza da sua inocência, acalmou e orientou para a luta os 50 mil militantes que o ouviram atenta e emocionadamente. Paradoxalmente, a poucos quilômetros dali, na Avenida Paulista, os vitoriosos do dia não conseguiram amealhar mais do que 300 adeptos.

Sintoma de que a população se cansou de ser manipulada por grupelhos infanto-fascistas e pela mídia golpista. Senão, como explicar que os torcedores do time campeão recolheram-se em seus lares e os “derrotados” desfilaram na avenida como se tivessem ganho o campeonato? E o mar de vozes e bandeiras vermelhas lulou até a Paulista, onde já não havia o menor sinal dos “vitoriosos”.

Lula não é mais de carne e osso. Não é mais um nordestino de voz rouca e língua presa. Lula virou pássaro, virou canção, virou poesia. Já entrara pra história como um dos nossos melhores presidentes, senão o melhor. Agora se perpetuará como um dos mais injustiçados, caçados, esquadrinhados, revirados, tripudiados.

Seu corpo de 72 anos pode até ser encarcerado, mas não se pode prender seus ideais, seus projetos, seus sonhos, seus feitos, sua utopia. Eles não cabem nas gaiolas da FIESP, da Rede Globo, da FEBRABAM, da Veja ou da Folha de São Paulo, pois já estão fecundados nos corações e mentes de milhares de brasileiros e brasileiras que não desistirão nunca de serem livres. Lula não mais se pertence. Ele agora é do povo, dos mais humildes, dos mais conscientes, dos mais necessitados, dos excluídos.

Não por acaso, lidera folgado todas as pesquisas de intenção de voto para presidente da República. E já não precisa mais receber nenhum desses votos, pois virou lenda, virou mito, virou luz na escuridão que o Golpe nos jogou. Virou estrela no céu cinzento, virou sol em meio a tempestade. Seus algozes quiseram transformá-lo em cinzas, mas Lula é Fênix. Renasce e cresce a cada derrota. O sapo barbudo ficará na história, os juízes na escória.

Contam que depois da sentença, pré-anunciada pela crônica, ouviu-se Lula declamando os versos do gaúcho (talvez uma homenagem à cidade que o abraçou e o fez mártir) Mário Quintana: todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho, eles passarão...Eu passarinho!

Voa Lula, voa!


Jeter Gomes - Engenheiro mecânico, poeta, especializado em Economia do Trabalho e Sindicalismo, mestre em Educação e consultor para assuntos de Sindicalismo, Economia Solidária, Cooperativismo e projetos sociais.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Categoria aprova nas urnas diretoria do STERIIISP

A votação aconteceu nos dias 23 e 24 de janeiro em mais de trinta locais. Em todos, os trabalhadores (as) fizeram questão de reafirmar o respeito e o carinho que a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Setor Diferenciado – SP (STERIIISP) tem na base de representação.

No total, a CHAPA 1 – A LUTA CONTINUA (TORÉ PRESIDENTE) obteve mais de 6 mil votos. Foi a maior votação da história da entidade que este ano completará 23 anos de existência.

Nos locais de votação onde compareceu, o presidente reeleito José Alves do Couto Filho (Toré) foi bem recebido e fez questão de pousar para fotos ao lado dos associados da entidade. 

Após apuração e proclamação do resultado, agradeceu a confiança e refirmou que honrará os compromissos assumidos durante a campanha.


“Recebi emocionado a confirmação de minha reeleição. Só tenho que agradecer a todos que se empenharam para que tudo ocorressem dentro da legalidade estatutária. Vamos retribuir com muitas ações nos locais de trabalho e dinamizar mais ainda os atendimentos e os serviços prestados pelo sindicato”, garante Toré. 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Edivaldo elogia habilidade de Toré pela Chapa Única no STERIIISP

Depois de proclamado resultado da eleição da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Setor Diferenciado – SP (STERIIISP) na noite de terça-feira (24/01), Edivaldo Santiago, presidente de honra da entidade e Secretário de Finanças do Sindicato dos Motoristas – SP (SINDMOTORISTAS), parabenizou a reeleição do presidente José Alves do Couto Filho (Toré).

De acordo com Santiago, seu primeiro contato com o Toré, foi quando ambos foram eleitos em 1985 para diretores do SINDIMOTORISTAS – SP. Afirmou que enfrentaram muita resistência dos diretores mais antigos, para colocar em prática, seu desejo de organizar os trabalhadores (as) no local de trabalho. E que para ocupar a sala de sua secretaria precisou forçar a barra.

“Eu e o companheiro Toré temos uma história forjada na luta. Quando me elegi pela primeira como Secretário Geral, tive muita dificuldade para trabalhar nas bases. Nosso grande objetivo era transformar a categoria e nossa militância. Só em 1988, após derrotarmos as pessoas que estavam no comando do Sindicato por mais de 20 anos é que começamos apostar na representação no local de trabalho”, lembrou Edivaldo.

Ele também relatou o importantíssimo papel que a militância sindical tem na organização da mobilização e das greves. E que investir na base significa fortalecer as ações que o sindicato deve fazer para combater as injustiças e garantir melhores salários e condições de saúde e segurança no trabalho mais dignas. Garantiu que a luta é organizada por baixo e não por cima. E que é por intermédio da mobilização da base que se constroem e faz lutas vitoriosas.


“Tive a oportunidade de ser três vezes Presidente, duas vezes Secretário Geral e atualmente Secretário de Finanças do SINDMOTORISTAS que me apoiou criar o Instituto O Resgate no qual já formamos mais de 12 mil companheiros (as). Agora temos o desafio de transformar o Resgate Auto Escola uma referência na cidade de São Paulo... Parabenizo você Toré pela habilidade de construir uma Chapa Única. Habilidade que não é para qualquer um”, finalizou Santiago.