Quando assumiu seu primeiro
mandato como diretor do Sindicato dos Motoristas – SP em 1985, no cargo de
Secretário Geral, Edivaldo Santiago da Silva estava convicto de que sua principal
meta era colocar a entidade no caminho da “Organização e Luta”, por melhores
condições de trabalho, salário e de vida para os trabalhadores (as) em
transportes.
Que isso só seria possível
com o fortalecimento do sindicato via “Organização da Categoria nos Locais de
Trabalho”, para dar sustentação as lutas que seriam travadas ao longo dos anos.
“Sabia que nesta tarefa o papel do diretor seria preponderante no enfrentamento
das dificuldades colocadas pelo poder público e os patrões”, afirmou.
Disse que primeiro era
preciso ganhar a “confiança” dos trabalhadores (as) através de “respostas
concretas” sobre para que serve o sindicato; quais as vantagens em se associar;
que o dinheiro arrecadado seria “investido” em benefício da classe. “Algumas
ações seriam necessárias para mostrar a importância da entidade de classe para
seus representados e a sociedade”.
Garante que entender o que é
sindicato, como e porque ele surgiu e, qual seu papel na sociedade, são
questões que precisam ser refletidas pelo trabalhador e respondidas pelo
dirigente. E que este ao ser eleito precisa “honrar” seu compromisso, ser “vigilante
e radical” na defesa dos interesses dos trabalhadores (as). “Ou seja, tem que
saber qual sua missão e atribuição na entidade”.
Em sua opinião para
compreender o papel do sindicato, o fundamental é resgatar sua história, o histórico
das lutas e de cada conquista obtida e refletir sua importância na atualidade. Pondera
de que nada aconteceu por acaso, pois aos poucos a categoria descobriu que de
forma organizada e unida poderia resistir às pressões e exploração que era
submetida.
“O dirigente precisa ter
compromissos enquanto cidadão; ter uma ideologia; saber que tipo de sociedade
quer construir; ter claro quais os problemas a serem enfrentados; definir qual
projeto político pretende defender e se envolver na luta por questões de
interesse geral da sociedade”, recomenda Edivaldo.
Disse também, que para
sabermos qual é a nossa ideologia e quais nossos compromissos enquanto cidadãos
precisaram conhecer os diversos conceitos sobre o tema para nos orientarmos. “Que
caminho queremos seguir para construirmos a sociedade que queremos. Sou um
comunista e me oriento em Karl Marx, esse formulou e apresentou alternativas
para a construção de um mundo melhor”, finalizou.
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