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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A proposta do endurecimento da lei em relação às ultrapassagens foi motivada a partir de constatações feitas pela Polícia Rodoviária Federal

Legislação aumenta rigor na punição por ultrapassagens        

Passou a vigorar, a partir de sábado (1/11), a Lei nº12.971/14, que altera 11 dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). As mudanças estão relacionadas ao endurecimento de penalidades, tanto administrativas quanto criminais. Essa medida faz parte do pacote de alterações legislativas propostas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para diminuir as mortes no trânsito em 50% entre os anos de 2011 e 2020, meta recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a década da segurança viária. 

As principais alterações são em relação às penalidades pecuniárias. As multas pela prática de rachas e de outras competições sem autorização tiveram o valor atual majorado em 10 vezes, elevando para R$1.915,40. A mesma coisa aconteceu com a infração de ultrapassagens forçadas, que também teve acrescentada entre as penalidades administrativas a suspensão do direito de dirigir. Em todas essas infrações, o condutor flagrado reincidindo nos 12 meses seguintes, terá a multa dobrada, alcançando o valor de R$ 3.830,80. 

Apesar do pacote de propostas da PRF se restringir à parte administrativa, houve também mudanças na parte penal do CTB. As principais estão relacionadas aos crimes de homicídio culposo na direção de veículo ou praticando “racha”. As alterações desses dispositivos giram em torno da tipificação da conduta e da quantidade e forma de cumprimento da pena. Ao crime de conduzir veículo com a capacidade psicomotora alterada, por sua vez, foi explicitada a possibilidade de se recorrer ao exame toxicológico pra determinação da substância que estaria sendo utilizada pelo condutor.

Para o Inspetor Dias, Superintendente da PRF no Rio Grande do Sul e representante do Ministério da Justiça no Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a PRF teve papel decisivo nas alterações da Lei 12.971/2014, cujo fim é inibir as condutas mais lesivas no trânsito. “Um dos nossos eixos de atuação para a redução de acidentes e da mortalidade é a mudança da legislação. Faz parte desse trabalho, por exemplo, a modificação da Lei Seca e a aprovação da Lei de Descanso do Motorista Profissional. Tudo isso vem contribuindo para a diminuição da violência no trânsito.”, pontuou Dias. 

A proposta do endurecimento da lei em relação às ultrapassagens foi motivada a partir de constatações feitas pela Polícia Rodoviária Federal, através de estudos estatísticos, que apontam a colisão frontal como o tipo de acidente que mais provoca mortes ou feridos graves. Apesar de representar apenas 3% do total de acidentes nas rodovias federais, a batida de frente é responsável por 33% das mortes. Considerando que a ultrapassagem mal realizada é o fator que mais contribui para esse tipo de colisão, a PRF recomendou o aumento do rigor na punição para os condutores que cometem essa infração de trânsito.

 Educação para o trânsito 

A alteração na legislação é uma dentre várias medidas que podem ser tomadas para estimular a mudança de atitude dos condutores. Paralelamente, além da fiscalização ininterrupta, a PRF conduz projetos destinados à educação para o trânsito, com o objetivo de conscientizar todos os cidadãos, condutores ou não, sobre as suas responsabilidades na construção de um trânsito mais harmonioso e seguro.

 As ações de educação para o trânsito transmitem não apenas as normas e preceitos legais, mas contemplam também aspectos éticos e de cidadania, ampliando o nível de conscientização dos diversos atores do trânsito, para que adotem atitudes prudentes, compatíveis com as necessidades de segurança de todos. 

Com o slogan " Transformando atitudes para salvar vidas", Festival Estudantil Temático de Trânsito (FETRAN), promovido pela PRF desde 2004, utiliza as atividades pedagógicas do cotidiano escolar para debater a temática do trânsito no contexto do aprendizado de maneira lúdica e cultural, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes do seu papel de transformadores da sociedade. 

Outro projeto é o Cinema Rodoviário, que busca unir fiscalização e educação para o trânsito durante as abordagens nos postos da PRF e ao longo das rodovias. Através de conversas e exposição de vídeos curtos, os condutores são alertados sobre as graves consequências que atitudes incorretas podem acarretar. 


O foco principal de ambos os projetos é provocar mudanças de atitudes em todos os usuários das rodovias, sejam pedestres, condutores ou passageiros, priorizando a segurança e a cidadania no trânsito.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O dirigente precisa ter compromissos enquanto cidadão; ter uma ideologia...

Sindicato no caminho da organização e luta

Quando assumiu seu primeiro mandato como diretor do Sindicato dos Motoristas – SP em 1985, no cargo de Secretário Geral, Edivaldo Santiago da Silva estava convicto de que sua principal meta era colocar a entidade no caminho da “Organização e Luta”, por melhores condições de trabalho, salário e de vida para os trabalhadores (as) em transportes.

Que isso só seria possível com o fortalecimento do sindicato via “Organização da Categoria nos Locais de Trabalho”, para dar sustentação as lutas que seriam travadas ao longo dos anos. “Sabia que nesta tarefa o papel do diretor seria preponderante no enfrentamento das dificuldades colocadas pelo poder público e os patrões”, afirmou.

Disse que primeiro era preciso ganhar a “confiança” dos trabalhadores (as) através de “respostas concretas” sobre para que serve o sindicato; quais as vantagens em se associar; que o dinheiro arrecadado seria “investido” em benefício da classe. “Algumas ações seriam necessárias para mostrar a importância da entidade de classe para seus representados e a sociedade”.

Garante que entender o que é sindicato, como e porque ele surgiu e, qual seu papel na sociedade, são questões que precisam ser refletidas pelo trabalhador e respondidas pelo dirigente. E que este ao ser eleito precisa “honrar” seu compromisso, ser “vigilante e radical” na defesa dos interesses dos trabalhadores (as). “Ou seja, tem que saber qual sua missão e atribuição na entidade”.

Em sua opinião para compreender o papel do sindicato, o fundamental é resgatar sua história, o histórico das lutas e de cada conquista obtida e refletir sua importância na atualidade. Pondera de que nada aconteceu por acaso, pois aos poucos a categoria descobriu que de forma organizada e unida poderia resistir às pressões e exploração que era submetida.

“O dirigente precisa ter compromissos enquanto cidadão; ter uma ideologia; saber que tipo de sociedade quer construir; ter claro quais os problemas a serem enfrentados; definir qual projeto político pretende defender e se envolver na luta por questões de interesse geral da sociedade”, recomenda Edivaldo.


Disse também, que para sabermos qual é a nossa ideologia e quais nossos compromissos enquanto cidadãos precisaram conhecer os diversos conceitos sobre o tema para nos orientarmos. “Que caminho queremos seguir para construirmos a sociedade que queremos. Sou um comunista e me oriento em Karl Marx, esse formulou e apresentou alternativas para a construção de um mundo melhor”, finalizou.