Powered By Blogger

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ônibus menos poluentes em São Paulo


Força de Lei exige ônibus menos poluentes em São Paulo


Em 2008 o governo brasileiro encaminhou ao Congresso Nacional, proposta de Projeto de Lei (PL) que institui a Política Nacional de Combate às Mudanças Climáticas. Um ano e meio depois, em dezembro de 2009, a lei foi sancionada com avanços importantes, como a inclusão de metas de redução de emissões de carbono até 2020. Além de prevê que todo o sistema de transporte público deva usar combustível renovável até 2018.


Atualmente na cidade de São Paulo 10% da frota (1,2 mil ônibus) circula movido a combustível menos poluente – a chamada “ecofrota”. Ou seja, estes veículos são movidos por uma combinação de diesel e biodiesel que emitem 22% menos de poluentes na atmosfera, principalmente partículas articuladas (fuligem). Eles circulam em cerca de 200 linhas na zona leste da capital, operados pela empresa VIP (Viação Itaim Paulista).


As medidas adotadas pela PMSP (Prefeitura Municipal de São Paulo) são justamente para mudar uma triste realidade referente à poluição do ar que mata mais que acidente de trânsito na cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em 2009, ar poluído matou seis vezes mais que o trânsito paulista, foi 8.169 óbitos por problemas respiratórios e 1.382 em acidentes nas ruas.

As doenças respiratórias que incluem pneumonia, câncer de pulmão enfisema e asma foram às grandes responsáveis pelas mortes. A Mooca, na zona leste foi à Subprefeitura com maior número de casos (com 129,49 por 100 mil habitantes – morreram 385 moradores). Em seguida vêm Santana na zona norte, (com 124,62 casos por 100 mil moradores – com 305 mortes).


Segundo a ONG Movimento Nossa São Paulo, quem mora nas periferias da cidade ficam menos expostos aos males da poluição. Em Perus no extremo da zona norte, houve 72c mortes ou 53,03 por grupo de 100 mil habitantes. Uma pesquisa do Movimento Nossa São Paulo/ IBOPE revelou que a poluição do ar é o quinto pior problema da cidade.


Dos 805 entrevistados, 36% estão “totalmente insatisfeitos” com a qualidade do ar. Pelos números 79% dos entrevistados consideram a poluição do ar a mais grave que a da água, e 81% acham que poluição do ar afeta muito a qualidade de vida.


Por Nailton Francisco 15/02/2011