Powered By Blogger

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um time de lutas e conquistas

“Encontro Resgate 2009”
O Grupo O Resgate nasce em 1996 pelas mãos dos companheiros: Jorginho, Edivaldo, Luizinho, Cícero, com a finalidade continuar com a unidade de ação política e sindical de fora para dentro da categoria em um momento difícil que se encontrava a direção da entidade, a partir da iniciativa anterior de filiação a CUT, central que era formada por várias correntes políticas.

Naquele momento a conjuntura nacional e internacional, vivia uma efervescência política, com muitos questionamentos sobre o modelo de sociedade e organização sindical e os fundadores do Grupo Resgate, entendia que o sindicato precisava passar por uma boa dose de radicalidade, voltando a pratica de um sindicalismo de combate.

Uma grande parte dos trabalhadores que estavam habituados a uma direção mais combativa, optou em seguir aqueles que em um passado recente, já haviam demonstrado na concretamente, que só com a colisão de idéias, é que se restaura o que sobrou politicamente ou se edifica uma nova proposta política.

Cabe aqui, abrir um parêntese para esclarecer que nesse período ocorreram situações sem uma avaliação concreta ou uma analise superficial da histórica. Dois anos antes que antecedeu a formação do coletivo chamado “O Resgate”, esse grupo já tinha uma unidade de ação, participando como uma tendência organizada dentro da Central Única dos Trabalhadores, ou no PT.

Havíamos perdido a eleição para a direção do Sindicato devido a uma divisão interna, por influencias externas ideológica quanto aos métodos de soluções dos mesmos problemas. Com essa derrota, ocorrerão algumas situações não compreensíveis para o momento e que hoje temos uma avaliação mais clara, como exemplo citamos ações do ex-secretário geral e ex-presidente por dois mandatos, Edivaldo Santiago, que antes da entrega do cargo para a diretoria eleita, abriu mão da representação do setor de cargas, cujo processo jurídico encontrava-se ganho de forma irreversível. Este fato teria acontecido se a vitória houvesse sido da chapa apoiada pelo ex-presidente? Avaliação que nunca fizemos.

Outro fato a ser discutido, é que o grupo após essa derrota eleitoral entrou em recesso, com uma enorme dispersão consciente ou inconsciente dos ex-empregados da CMTC, que fizeram acordos e foram trabalhar por conta própria. Vale ressaltar que a empresa já não operava no sistema, que passou atuar somente com gerenciadora, fato que provocou um enorme desemprego na categoria.

Outro fato importante nessa época foi o desmembramento dos setores rodoviário de passageiros, do setor diferenciado, além do fretamento e turismo. Acreditamos que todas essas mudanças administrativas e de direção da categoria, provocou a reorganização de novo coletiva, agora denominada “O Resgate”. Em 1997 faz para uma composição com a CORRENTE SINDICAL CLASSISTA – CSC. Durante o mandato por divergências internas houve uma divisão que originou o grupo um novo rumo liderado pelo tesoureiro Cícero e Luiz Gonçalves.

Durante esse mandato o coletivo voltou a se reunir em plenárias, que acabou gerando um novo coletivo denominado “Novo Rumo”, que cumpriu o objetivo de garantir governabilidade a secretaria de finanças. O Novo Rumo teve vida curta devido a influências externas do Resgate, que não concordavam em continuar a aliança submissa a CSC, que após cometerem vários erros jurídicos, o Resgate retomou a hegemonia no mandato seguinte.

Cabe ressaltar, que os adversários até a eleição de mil novecentos e noventa e quatro, estavam novamente unidos e assim permanecem até hoje. Fato que justifica a menção acima, que as divisões do passado, eram por indução externa, conseqüência da unidade anterior a CUT.

A partir de 2000 o Grupo O Resgate passa a ser hegemônico, e com muita habilidade conduz a luta da categoria nos debates com os patrões e Prefeitura no episódio que ficou conhecido como “A Guerra nos Transporte”. No IV Congresso da Categoria, a entidade esfoliou-se da Central Única e se filiou a Força Sindical, muito mais por fisiologismo, que por conteúdo (minha opinião particular). Período que ficou marcado pelo pensamento único e repressão aos divergentes, com a retórica de se fazer só a luta política, sem analise do momento político e das oportunidades, acabou atirando na institucionalidade na marginalidade e vários dirigentes para a prisão.

Em 2004, Luiz Gonçalves lidera a diretoria que deu passos importantes para tirar a entidade do olho do furacão da mídia, e também das páginas policiais. O mandato Luizinho/ Jorginho possibilitou criar a Cooperativa Habitacional e o Instituto O Resgate. Pela primeira vez na história o grupo apoiou candidatos da categoria na eleição para Deputados em 2006, e quase elege os companheiros Renato Oliveira e Valdevan 90.

Esse novo fato nos levou a adotar nova tática, com uma nova forma de caminhar e lutar, para recuperar a dignidade da instituição e da corporação que estava com a alta estima abalada apesar de não acreditar na Campanha difamatória da grande imprensa orquestrada pelo governo de plantão naquele momento conforme revelou o resultado da eleição daquele período.

A tática do novo mandato ainda hegemônico do nosso agrupamento sem alianças foi tirar nossa entidade das paginas policiais sem perder conquistas e avançar no social organizarmos o VI Congresso e desfiliamos Central Força Sindical.

Novamente por divergências internas houve problema na eleição da nova diretoria da Cooperativa Habitacional, e o surgimento do Grupo Resistência e Ação. Na eleição da diretoria em 2008 a chapa 1 “Quem Trabalha Merece Seu Voto!” com Jorginho Presidente vence com mais de 64% dos votos em uma composição com o PC do B e os companheiros do Resistência e Ação.

Após a Campanha Salarial/2009, o grupo O Resgate entra em uma nova fase na qual absorve os companheiros do grupo Resistência e Ação e perde um dos fundadores do grupo, Edivaldo Santiago, que se filia ao PC do B. Cabe lembrar que em 2000, Edivaldo foi eleito presidente da entidade com o apoio do Grupo O Resgate, e em 2008 também, com o apoio do Grupo volta para o Sindicato como Secretário Geral.

Por fim, cabe registrar que em várias oportunidades ousamos dizer que quando o grupo se reúne em plenárias deliberativas cabeças vão rolar ainda que possa parecer brincadeira essa máxima isso aconteceu ou de forma radical (expulsão ou rompimento de aliança) ou na forma mais branda remanejando função, Oxalá desta feita nosso encontro seja para darmos um grande salto de qualidade em nossas relações internas nos planos de defesa da categoria e voltarmos a ser hegemônico e não precisarmos nunca mais submeter a maioria a minoria vaidosa e chantagista.